A maior novidade do iPad Pro de 2020 - a presença do LIDAR - pode ser considerada enganadora, já que se trata de uma variante com resolução bastante inferior do que a designação de LIDAR poderia fazer pensar.
Embora a Apple anuncia que o iPad Pro vem com um sensor LIDAR, na verdade não estamos perante uma verdadeira câmara ToF (Time of Flight) em que todos os pixeis funcionam como receptores capazes de determinar a distância. Conforme demonstrado num vídeo do iFixit, o sistema de LIDAR do iPad Pro acaba por ser bastante mais próximo do sistema de projecção de pontos IR usado no Face ID, do que propriamente numa câmara ToF.
O número de pontos projectados pelo LIDAR do iPad Pro é bastante inferior ao do Face ID, e com pontos de maiores dimensões, embora isso tenha a ver com o facto de ser pensado para medir distâncias de até 5 metros, enquanto o Face ID se destina a medir apenas rostos a uma distância normal de utilização.
Embora não deixe de dar resultados 3D aproximados de uma cena e permitir resolução adequada para efeitos de posicionamento em realidade aumentada, continua longe dos resultados que já se podiam obter com uma câmara Time-of-Flight verdadeira há 10 anos atrás! Não posso deixar de ficar um pouco desapontado com o facto da Apple ter optado por um "pseudo-LIDAR"... mas imagino que seja compreensível quando se considera que uma destas câmaras custa várias vezes o valor de um iPad Pro... E isto também ajuda a explicar porque motivo a Apple não deu acesso directo aos dados de distância dos pixeis, mas apenas as superfícies 3D já processadas.
Isso significa que o tão aclamado lidar do ipad pro tem pior utilidade do que um sensor ToF que até telemóveis de gama média têm?
ResponderEliminarEsses ainda são mais pseudo-ToFs, quase sempre usando apenas a triangulação de 2 câmaras. :)
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