A Xiaomi está a ser acusada de monitorizar muito do que os utilizadores fazem nos smartphones, incluindo que sites visitam até mesmo quando usam o suposto "modo incógnito".
A desconfiança entre ocidente e China parece estar longe de começar a baixar, agora com um novo relato de um investigador de segurança que revela que os smartphones da Xiaomi estão a espiar os utilizadores. O investigador descobriu dados que informam todos os sites que visitou, até mesmo quando usou o modo incógnito do browser, para servidores chineses - e que o mesmo comportamento se repete até quando se usam os demais browsers da Xiaomi disponíveis na Play Store, Mi Browser Pro e Mint Browser.
A Xiaomi desdramatiza a situação dizendo que são apenas meta-dados anónimos que os utilizadores aceitaram partilhar, ao estilo dos que são recolhidos noutros sistemas operativos (aproveito para relembrar que no Windows 10 nem sequer é dada a opção aos utilizadores para não enviarem qualquer dado para a MS, com as opções a resumirem-se a "enviar muitos dados" ou "enviar menos dados"). Ainda assim, é certo que não fica muito bem vista quando esses dados incluem até o modo de utilização "incógnito" do browser, que faz pressupor que não fosse recolhida informação; ou o envio de identificadores que poderão ser usados para transformar os dados supostamente anónimos em dados potencialmente identificáveis.
Seja como for, no clima em que se vive, é o tipo de coisa que não se pode admitir que seja feito sem que isso seja explicado muito bem aos utilizadores. Quando muito, começa a ser o tipo de coisa que poderá fazer com que mais pessoas comecem a considerar a utilização de um Android totalmente open-source e livre da dependência dos serviços dos "gigantes".
Actualização: A Xiaomi já adicionou uma nova opção aos browsers para não enviarem dados no modo incógnito, mas que terá que ser activada expressamente pelos utilizadores.
Alguém utiliza os browsers da Xiaomi? 🧐
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