Os "biliões" de Hollywood não foram capazes de garantir o sucesso do Quibi, que vai encerrar antes de celebrar o seu primeiro aniversário.
O Quibi surgiu em Abril, com uma dupla sonante de Hollywood por trás - Jeffrey Katzenberg e Meg Whitman - e com um investimento bilionário de $1.75B para revolucionar o vídeo de curta duração nos smartphones, apostando num curioso sistema que mostrava edições diferentes caso se estivesse a ver em formato horizontal ou vertical. Era uma nova plataforma que até poderia ter sucesso, mas em vez disso serviu para demonstrar o completo desfasamento entre a procura de lucro imediato e o mercado real.
O serviço foi lançado funcionado apenas em smartphones, e disponibilizando modalidades absurdas: $8/mês para ver os vídeos sem publicidade, e mesmo quem estivesse disposto a ver publicidade teria que pagar $5/mês! Escusado será dizer que, depois do período promocional de 90 dias, o número de clientes pagantes que se mantiveram reduziu-se a poucos milhares.
Nos últimos tempos a plataforma tentou desesperadamente encontrar compradores, mas ninguém esteve disposto a ficar com este desastre megalómano, e como tal, irá encerrar em vez de continuarem a gastar milhões em algo que ficará para a história como a (dispendiosa) demonstração de que não se pode comprar o sucesso garantido, nem mesmo com biliões.
2020/10/22
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