Investigadores criaram um microprocessador que usa super-condutores, e a salto de eficiência faz antever dispositivos que funcionam sem aquecer ou que podem prolongar imensamente a autonomia.
Os super-condutores permitem que a electricidade flua sem resistência, e isso elimina aquelas coisas que nos habituamos a dar como certo nos dispositivos electrónicos, como o calor que os CPUs geram quando desempenham operações intensivas. Mas investigadores no Japão criaram um microprocessador super-condutor, que embora seja básico face aos complexos chips actuais, tem a grande diferença de ser 80 vezes mais eficiente que os chips convencionais - e isso já tendo em conta a energia necessária para manter o chip a funcionar às velocidades ultra-reduzidas necessárias para os super-condutores.
O chip foi feito apenas para demonstrar que seria possível criar um microchip funcional genérico com esta tecnologia, que poderia funcionar a 2.5GHz neste momento, mas que no futuro poderia ser acelerado para os 5GHz ou mesmo 10GHz, já que se ultrapassariam as complicações associadas ao funcionamento a essas frequências usando os materias convencionais.
Seria bom se este salto de eficiência nos permitisse ter smartphones que poderiam ser imensamente mais rápidos e simultaneamente pudessem ter autonomias de semanas ou meses; mas até que se descubram materiais super-condutores que funcionem a temperaturas próximas da temperatura ambiente, a utilização dos super-condutores continuará a ser algo limitado a laboratórios ou instalações especiais.
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