Há muito que os SSDs superaram os receios dos ciclos limitados de escritas das memórias flash, usando múltiplas técnicas que inteligentemente vão distribuindo as escritas por diferentes sectores. Isso faz com que, em circunstâncias normais, já não seja preciso preocuparmo-nos com isso mas, ainda assim, há limites. Limites que estão a ser ultrapassados pelo macOS nalgumas máquinas, e que está a causar cerca de 250GB escritos por dia sem qualquer explicação.
Este ritmo de escritas pode fazer com que o SSD atinja o seu limite previsto de escritas em meio ano, o que se torna particularmente preocupante quando se tem em conta que estes Macs não têm SSDs substituíveis, pelo que quando a sua memória flash se esgotar se tornam dispendiosos pisa-papéis.
2TB 16GB model. 3% used.
— Hector Martin (@marcan42) February 15, 2021
That means that for a 256GB model, proportionally, you'd expect ~30% usage.
If this is accurate, some of these machines aren't going to last half a year to 100%.
And that's a 16GB model. 8GB should be worse.
Holy shit. https://t.co/9HcmaYgJPT
Este caso faz lembrar o caso dos Tesla, que também gravavam logs excessivos e gastaram prematuramente as suas memórias flash - coisa que deu origem a dispendiosas reparações e que só recentemente passou a ser englobada num processo de recolha por parte da Tesla para efectuarem a substituição ao abrigo da garantia contra defeitos de fabrico - mesmo se neste caso o defeito tenha sido software e não hardware.
Infelizmente, este torna-se num dos pontos negros para todo o hardware com componentes de eventual desgaste que não podem ser substituídos pelo utilizador. Quer seja de forma prematura em 6 meses, ou ao fim de 7 ou 8 anos de uso normal, estamos a falar de computadores que acabarão por ter um prazo de validade imposto por componentes que, tradicionalmente, se poderiam substituir e continuar a usar sem qualquer problema.
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)