2021/08/20

Caso Epic vs Google revela as tácticas "evil" da Google

O caso Epic vs Google apanhou alguns de surpresa, mas documentos do processo revelam as coisas que a Google fez, e estava disposta a fazer, para impedir que outros estúdios saíssem da Play Store - incluindo a possibilidade de comprar a Epic.

A Epic tem estado em confronto directo com a Apple devido ao pagamento obrigatório de comissões e impossibilidade de fornecer os seus jogos sem ser através da App Store; mas mais estranho foi ver o caso multiplicar-se também com um processo contra a Google. Mas, afinal, parece que a Epic tinha bastantes motivos para isso.

A Google, tal como a Apple, também exige que os pagamentos nas apps na Play Store estejam sujeitos ao pagamento de comissões. A diferença é que, no Android, os utilizadores podem instalar apps sem ser pela Play Store, e com a Epic a recorrer a isso criando a sua "store própria", a Google começou a ficar bastante preocupada que outros estúdios e developers começassem a seguir o exemplo. Preocupada ao ponto de até equacionar uma compra hostil da Epic, contactando a Tencent (que detém 40% da Epic) para obter maior controlo sobre a empresa ou, se chegassem a acordo, comprarem a totalidade da Epic.

Isso não veio a acontecer, mas outras dos programas da Google avançaram, incluindo o pagamento de centenas de milhões de dólares a parceiros para que não incluíssem app stores alternativas nos seus smartphones.


Parece que realmente havia motivos para a Google remover o célebre "don't be evil" do seu código de conduta em 2018. Embora continue a querer fazer passar a imagem de que continua uma empresa simpática e amiga de todos, este caso (e outros) vem revelar que na verdade é apenas mais uma das mega-corporações que não olha a meios para obter aquilo que deseja e continuar a garantir o máximo de lucros.

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