2021/12/16

HDMI 2.1 vai ser um engano para os consumidores

Comprar monitores ou televisores com HDMI 2.1 não vai dar qualquer garantia de que os produtos tenham realmente as funcionalidades esperadas do HDMI 2.1.

Os responsáveis pelo standard HDMI vão transformar o HDMI 2.1 num pesadelo de incompatibilidades, ao estilo do que tem acontecido com o USB-C 3.0 / 3.1 / Gen 1 / Gen X. O HDMI 2.1 tem sido promovido quase como sendo uma maravilha tão grande quanto o 5G, possibilitando coisas como vídeo em resoluções até 10K, 8K a 60 Hz, 4K a 120 Hz, HDR, frequência variável e mais. São coisas que têm sido prometidas desde 2017, mas agora que finalmente começa a chegar ao mercado, o cenário é desolador.

Isto porque, apesar de todas as capacidades que são anunciadas para o HDMI 2.1, caberá aos fabricantes adoptá-las, ou não.
Ou seja, os consumidores poderão comprar um televisor ou monitor que anuncia orgulhosamente ter suporte HDMI 2.1, e depois descobrir que afinal não suporta 4K a 120 Hz como esperavam. E se, a nível das resoluções a coisa ainda poderá ser "auto-explícita", seguramente que não o é para as demais funcionalidades de baixa latência e frequência variável - coisas que os consumidores terão que andar a investigar cuidadosamente, modelo a modelo, potencialmente mergulhando em informações contraditórias, para tentarem decifrar se terá ou não.

Para piorar, isto nem sequer se pode atribuir apenas a culpa dos fabricantes, pois a associação HDMI deixou de disponibilizar certificação para versões HDMI anteriores, o que faz com que todos os novos produtos tenham que ser oficialmente certificados como HDMI 2.1, mesmo que na prática apenas suportem funcionalidades do HDMI 2.0.

Portanto, há que ficar mentalizado que o valor da etiqueta "HDMI 2.1" é completamente nulo, pelo menos nesta fase. Quem precisar de produtos com as capacidades avançadas do HDMI 2.1 terá que fazer trabalho de detective para as confirmar.

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