O popular e versátil Total Commander vai perder a capacidade de instalar APKs nos Android, após ser ameaçado pela Google.
A instalação de APKs é algo que faz parte da plataforma Android desde o início, permitindo que os utilizadores possam instalar qualquer app que desejem sem passar pela Play Store da Google. No entanto, isso não impede que a Google vá apertando as regras das apps que lá quiserem permanecer, e que agora obriga a esta remoção do Total Commander.
Apesar de ser uma app histórica (e cujas origens remontam aos anos 90) e com mais 10 milhões de downloads, e que mesmo agora ainda suporta versões tão antiquadas como o Android 2.2, a Google diz que a app tem que remover a parte da instalação de APKs, ou arriscar-se a ser ela própria removida da Play Store.
Segundo as regras actualizadas da Google, uma app na Play Store não pode "modificar, substituir, ou actualizar-se a si própria" sem ser através do mecanismo de actualização da Play Store, nem "descarregar código executável" a não ser da Play Store.
Há a possibilidade de tudo não passar de um mal entendido, já que parece que o problema da Google diz respeito à possibilidade do Total Commander se auto-actualizar se alguém carregasse no seu APK; mas uma vez que a Google tem uma péssima tradição de suspender developers sem lhes dar forma fácil de contacto ou apelo para esclarecer este tipo de situações, por agora a opção mais segura foi remover completamente essa capacidade.
Esperemos que o caso sirva para relembrar que há necessidade de maior transparência quando surgem estas "ameaças", que não referem exactamente qual o motivo pelo qual uma app se arrisca a ser retirada da store. E não deixa de ser curioso que a Google esteja a insistir nisto numa altura em que previsivelmente será forçada a dar mais abertura à sua Play Store (tal como a Apple na sua App Store) por imposição do Digital Markets Act Europeu.
2022/05/18
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É do género da Aptoide?
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