Bombas de calor à conquista dos países frios

As bombas de calor têm sofrido com o estigma de não serem adequadas para climas gélidos, mas isso está prestes a mudar.

Com as questões da eficiência energética e energias renováveis a estar na ordem do dia, as bombas de calor voltam a ganhar protagonismo. Basicamente, as bombas de calor funcionam da mesma forma que o "ar condicionado", mas podendo funcionar em ambos os sentidos: em vez de se limitarem a poder refrescar a casa no Verão, transferindo o calor do interior para o exterior, também podem aquecê-las no Inverno. Tirando partido da maior eficiência com que isso é feito (gasta-se menos energia a transferir o calor do que a gerá-lo, como se faz com os aquecedores tradicionais).

O problema é que, normalmente, a eficiência das bombas de calor reduz-se significativamente nos climas mais frios, motivo pelo qual na Europa do norte, e outros países com temperaturas mais reduzidas, se continuar a depender bastante do gás e outras formas de aquecimento. Mas não tem que ser assim. As bombas de calor também podem funcionar de forma eficiente até em ambientes com temperaturas abaixo de zero, mas é necessário utilizar bombas de calor específicas, concebidas para esse tipo de utilização. O problema é que muitos instaladores parecem desconhecer essa diferenciação, e continuam a instalar bombas de calor convencionais nesses casos, com resultados pouco satisfatórios.

Com o cenário das sanções à Rússia por causa da guerra na Ucrânia, e com o desejo de acabar com a dependência do gás russo, que tem sido indispensável em diversos países da Europa do norte, espera-se que o mercado das bombas de calor concebidas para estes ambientes mais frios vá aumentar drasticamente nos próximos anos.