2022/06/13

Chrome e Firefox distanciam-se nos ad-blockers

A Google prepara-se para restringir as potencialidades dos ad-blockers no Chrome, mas a Mozilla garante que se irão manter no Firefox.

A Mozilla e a Google apostam em abordagens diferentes aos ad-blockers no Firefox e no Chrome. Com a justificação da segurança, a Google vai exigir que os ad-blockers / extensões sigam o Manifest V3, que impedem que as mesmas tenham acesso às comunicações feitas entre o browser e a internet.

Até agora, os ad-blockers estavam livres para poder "espiar" essas comunicações, e bloqueá-las no caso de se tratar de publicidade ou de um site malicioso. No entanto, segundo as novas regras, os ad-blockers ficarão limitados a pouco mais do que definir uma lista de endereços a bloquear, que será o browser a bloquear, sem possibilidade de métodos de bloqueio mais avançados. Uma restrição que foi desde logo criticada pelos responsáveis de vários ad-blockers, por nem sequer permitir definir uma lista com número suficiente para comportar as actuais listas de bloqueio dos ad-blockers mais populares.

Além da questão da quantidade das entradas (algo que a Google já aceitou aumentar), estas limitações impedem outras funcionalidades mais avançadas, como as extensões que "interferem" (propositadamente) com dados enviados pelo browser, de modo a impedir as chamadas técnicas de "fingerprinting" que são usadas para seguir e individualizar os visitantes. Algo que, no Manifest V3, deixa de ser possível.

A Mozilla espera que isto possa ajudar a atrair utilizadores para o Firefox. Apesar de também adoptar o Manifest V3 para efeitos de comptabilidade nas extensões, a Mozilla vai manter o acesso às funções que permitem "espiar" o tráfego, como acontecia até agora, permitindo que os ad-blockers continuem a poder disponibilizar essas funcionalidades mais avançadas.

Por um lado, percebe-se que a Google queira evitar situações polémicas com extensões abusivas. Por outro lado, acho que seria bastante simples para a Google simplesmente bloquear esse acesso atrás de uma opção avançada ou um pedido de confirmação: "este ad-blocker está a pedir acesso total às comunicações, quer permitir ou não?" E ficava o assunto resolvido para todos.

6 comentários:

  1. Ou não fosse a grande maioria da origem dos lucros da Google... ...a publicidade!

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  2. Já larguei o Google como ferramenta de pesquisa tem 6 meses, e agora vai ser o Chrome

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    1. Vi uma referência ao Qwant como motor de busca e tem dado para uns 95% das pesquisas que realizo.

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    2. já experimentate o kagi.com ? dá resultados espetaculares

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    3. Porque é necessário um registo para usar o kagi?

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  3. Estamos numa monocultura web. Nenhum entusiasta que se preze usa Chrome (ou todas as suas derivações: Edge, Brave, Vivaldi, etc) e usa Firefox.

    E agora há a maior razão de todas para usar firefox: os adblockers

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