Os reactores de fusão nuclear podem tornar-se ainda mais eficiente do que se pensava, gerando o dobro da energia que se pensava ser possível.
Enquanto aguardamos pela entrada na era da fusão nuclear com reactores que sejam comercialmente viáveis, continuam as experiências que, passo a passo, nos levam nessa direcção. E a cada passo fazem-se novas descobertas que tornam estes reactores ainda mais desejáveis.
Agora, investigadores do Swiss Plasma Center da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EFPL) determinaram que afinal é possível duplicar a densidade do hidrogénio para o dobro do "Greenwald Limit", que tinha sido calculado com base em experiências realizadas há mais de 30 anos. E, para além disto permitir aumentar a produção de energia, também torna o reactor mais fácil de controlar.
Ao contrário do que acontece com os reactores nucleares de fissão, estes reactores de fusão utilizam o mesmo princípio que alimenta as estrelas. Mas, como não é possível replicar a imensa pressão que existe numa estrela, a reacção tem que compensar isso usando temperaturas muito superiores. No interior do TCV tokamak de Lausanne atingem-se temperaturas de 120 milhões de graus centígrados, quase dez vezes mais que a temperatura no núcleo do Sol. Por isso mesmo, e porque não existe nenhum material capaz de resistir a essas temperaturas, o "truque" consiste em conter o plasma no interior de um poderoso campo magnético.
O ITER tokamak deverá entrar em funcionamento em 2025, validando a produção de plasma, e permitir a construção das primeiras centrais de fusão nuclear capazes de serem usadas para o fornecimento de energia - mas só lá para 2051.
2022/06/04
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