Os carros Formula E Gen3 podem ser facilmente identificados pelo seu design mais anguloso, mas as diferenças são muito mais do que aquilo que se pode ver à primeira vista. Na verdade, alguns pilotos descreveram as diferenças como "apenas o volante se manteve igual, tudo o resto foi alterado".
Os novos carros são mais compactos, prometendo corridas mais intensas com mais espaço para ultrapassagens em mais locais da pista, mais leves, e - naquilo que mais agradará aos fãs dos desportos automóveis- também mais potentes. Em modo boost a potência passou de 250 kW para 350 kW, e a velocidade máxima aumentou para os 320 km/h. O carro passa também a contar com um motor eléctrico no eixo frontal, mas com uso exclusivo para a regeneração de energia, permitindo recuperar até 600 kW nas travagens, mais do dobro da geração anterior. Esta alteração faz com que, na maioria das vezes, os carros nem sequer dêem uso aos travões de fricção (que também foram reduzidos em tamanho e peso).
Esta alteração também abre a potencialidade para, no futuro, se poder activar a tracção às quatro rodas para os carros de Formula E; e servirá para demonstrar os sistemas de carregamento rápido de 600 kW que estão planeados para algumas corridas com carregamentos obrigatórios pelo meio.
Ainda não chegamos ao ponto da Formula E pôr em causa a hegemonia da Formula 1, mas será inevitável que, tal como tem acontecido nas estradas, também os barulhentos motores a combustão da classe máxima do desporto automóvel dê lugar ao zumbido dos electrões a fazerem girar os motores eléctricos.
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