2023/03/27

Agências de modelos virtuais dispensam pessoas reais

Os sistemas de geração de imagens AI já estão a ser postos em usos por agências de modelos virtuais, que não se precisam preocupar em ter a pessoa certa - podendo criar uma ao gosto do cliente.

A tecnologia avançou ao ponto de permitir criar de pessoas virtuais realistas, e há quem já esteja a tirar partido disso no sector da moda. A Deep Agency é uma empresa de modelos que não se tem que preocupar em manter um portefólio de modelos diversificado. Em vez disso, todos os seus modelos são virtuais, com opção de serem criados de raiz ou com base numa pessoa real - assumindo-se que a pessoa ou cliente tenha o direito de utilização da imagem.

Na verdade não é propriamente uma novidade. Há anos que vemos versões digitais de actores de Hollywood serem usados nos filmes em cenas de acção que não seriam possíveis, e noutros países há artistas virtuais de enorme sucesso, que podem encher estádios com fãs, apesar de só existirem digitalmente.
A grande questão é se haverá mercado suficiente para permitir que alguns modelos verdadeiros possam continuar a ganhar a vida licenciando o seu aspecto visual, ou se a maioria dos clientes preferirá optar por modelos 100% gerados por AI, não tendo que se preocupar com essas questões, e evitando os potenciais cenários de terem campanhas publicitárias que depois possam ser alvo de polémica no caso de se descobrir que o modelo em questão fez um determinado tweet ou foi apanhado por um paparazzi em alguma situação indevida.

Sem comentários:

Enviar um comentário (problemas a comentar?)