Aproveitando a época de transição de fim dos cookies para o novo sistema Privacy Sandbox, a Google está também a propor um novo sistema chamado Web Integrity que, apesar de ser ainda uma proposta, já está a ser adicionado ao Chrome.
Até agora, a web tem funcionado como um sistema aberto, em que as páginas são enviadas ao browser mas é o browser que tem total responsabilidade quanto ao que faz com elas - e é por isso que podemos ter extensões como os ad-blockers para remover publicidade e outros conteúdos indesejados, ou extensões que adicionem ou modifiquem elementos para que fiquem ao nosso gosto. Mas com o Web Integrity, tudo isso pode desaparecer.
O Web Integrity funciona como um sistema DRM para a web, que promete assegurar que o browser fará unicamente aquilo que a página web quiser. Uma página pode especificar que não autoriza o uso de um ad-blocker, ou que nem sequer permite que os utilizadores possam espreitar o seu código HTML.
Obviamente que as respostas não se fizeram esperar, incluindo a muita estranha opção da Google lançar isto no repositório de um dos seus funcionários e não num dos seus repositórios oficiais - com alguns a acusarem que se trata de mais uma técnica para tentar disfarçar o impacto que tal medida terá.
With regulators coming for the app store monopolies, Google is busy preparing its next walled garden - not by building a new product, but by locking down the open web with new surveillance tech and DRM to block competing browsers and web standards. https://t.co/IC2wdRj0yR
— Tim Sweeney (@TimSweeneyEpic) July 27, 2023
É muito pouco provável que tal sistema venha a ser aceite, mas nunca se deverá subestimar o poder da Google e a sua justificação de que é para "proteger a segurança dos utilizadores".
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