A Rockstar Games está a ser acusada de vender alguns dos seus jogos mais antigos no Steam com cracks do infame grupo Razor 1911.
Uma vez mais se assiste ao lado negro do DRM com que os estúdios de jogos infestam os seus produtos, e que não só se tornam numa dor de cabeça para os jogadores, como também se revelam problemáticos para os próprios estúdios à medida que os anos vão passando.
A Rockstar Games e a Take Two, responsáveis por jogos como a saga GTA e Red Dead Redemption, e que tradicionalmente têm posições bastante agressivas contra todo o tipo de cheats para os seus jogos, foram agora apanhadas a usar cracks do defunto grupo pirata Razor 1911 para manter alguns dos seus jogos mais antigos jogáveis, como o Manhunt, Max Payne 2 e Midnight Club II, que estão a ser vendidos no Steam.
O grupo Razor 1911 foi seguramente um dos grupos mais odiados dos estúdios de jogos, cujas origens remontam à época de ouro dos micro-computadores (1985), criando cracks para jogos e demos a explorar as capacidades do hardware (mais abaixo podem ver um desses exemplos). Com a transição dos jogos offline para a distribuição online, foi perdendo protagonismo, acabando por se desagregar em 2012. Ainda assim, não perdeu a oportunidade para demonstrar que continua atento, publicando no X / Twitter que a primeira regra é que o "warez não se vende"!
Para jogos com mais de uma década, é mais que provável que a maioria dos estúdios já não tenha nem os PCs com o software necessário para fazer qualquer alteração aos mesmos, nem as pessoas que o saberiam fazer. Por isso, entende-se que seja mais prático simplesmente recorrerem aos cracks dos grupos pirata que tanto odeiam. Talvez se possam lembrar disso da próxima vez que tiverem que investir milhões num qualquer novo DRM que vai atormentar os jogadores pagadores, e que os irá fazer passar vergonhas num futuro mais distante.
2023/09/07
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As ironias do capitalismo digital.
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