A UE vai investigar a taxa Apple que a empresa quer cobrar sobre apps fora da App Store oficial, assim como os alertas que faz a assustar os utilizadores.
Tal como era esperado, a novela da pretendida abertura do iOS a concorrentes está para durar. A UE já revelou não estar satisfeita com a implementação da Apple, nomeadamente quanto à "taxa Apple" (Core Technology Fee) que pretende continuar a cobrar sobre apps instaladas directamente ou através de app stores alternativas. Uma taxa que pode fazer com que uma app gratuita instalada um milhão de vezes tenha que pagar meio milhão de euros à Apple - com efeito prático de impedir que qualquer app popular se arrisque a ser disponibilizada fora da App Store oficial. Note-se que inicialmente a Apple também queria uma caução de um milhão de dólares de cada app store alternativa, que entretanto deixou cair, permitindo a instalação directa de apps (com restrições, obviamente).
Mas o descontentamento não se fica por aqui, e também recai sobre a péssima experiência que a Apple decidiu implementar para estas instalações alternativas, obrigando os utilizadores a seguirem mais de uma dezena de passos e passando por múltiplos ecrãs destinados a assustar e desincentivar os utilizadores de prosseguirem com a instalação.
Compreenda-se que apareça um (1!) ecrã de aviso a pedir a confirmação da instalação, mas tudo o mais torna-se obviamente excessivo e com objectivo claro de dificultar a concorrência pretendida. E, como sempre, todos os pseudo-argumentos da Apple facilmente são desarmados, bastando olhar para o macOS, onde (pelo por agora) os utilizadores podem instalar o que bem entenderem, e não se assiste ao "apocalipse digital" que a Apple continuamente utiliza como justificação para não permitir o mesmo no iOS.
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