Baterias 4680 da Tesla têm problemas térmicos

Um estudo revela que as células 4680 da Tesla geram mais temperatura ao carregar do que as bateria da CATL.

A Tesla continua a ser um caso de referência nos automóveis eléctricos, mas nos últimos anos tem sido cada vez mais criticada pelos clientes pelo facto de ter curvas de carregamento muito piores do que muitos dos seus rivais chinesas. E embora se depositassem grandes esperanças nas suas novas células 4680, um estudo de uma universidade alemã vem demonstrar que essas células podem não permitir a evolução esperada.

Quando comparadas as baterias 4680 da Tesla com uma BYD Blade, torna-se evidente um grande disparidade térmica. Enquanto as células da BYD se mantiveram em temperaturas de cerca de 15°C, as células da Tesla ficaram em valores próximo dos 30°C. Valores que não inviabilizam a sua eficência, mas que complicam o processo de permitir o carregamento rápido de forma eficiente (no mínimo, obrigando a maior esforço pelo sistema de gestão de temperatura da bateria).

Este estudo torna-se mais interessante quando visto sob a perspectiva do fundador da CATL, que teve oportuniade de falar com Elon Musk numa das suas visitas à China, e que diz ter-lhe explicado tecnicamente porque motivo as células 4680 não tinham futuro, aparentemente tendo como resposta o total silêncio de Musk.

Entretanto, além de ter começado a usar as células 4680 nalguns Model Y, a Tesla também já lançou uma nova geração das mesmas no Cybertruck, designadas por Cybercell, a par de uma "actualização" para acelerar os carregamentos. No entanto, os testes que têm sido feitos, mesmo nos novos carregadores Supercharger V4 de 325 kW, não mostram diferenças no tempo de carregamento. O tempo dirá se realmente a opção pelas células 4680 foi acertada, ou se o fundador da CATL tinha razão ao dizer que estavam condenadas à partida.