2025/09/11

ARM apresenta novos CPUs C1 e GPUs G1

A ARM abandona a marca Cortex e apresenta novos CPUs C1 e GPUs G1 com melhorias AI e gaming.

A ARM revelou a sua nova geração de CPUs C1 e GPUs G1, ao mesmo tempo que deixou cair a histórica designação "Cortex". Estes designs estreiam-se sob a marca Lumex Compute Subsystem (CSS) que promete maior versatilidade, focada em dispositivos móveis. Para PCs e automóveis, as gamas passarão a chamar-se Niva e Zena, respectivamente.

Os CPUs C1 são os primeiros a basear-se na arquitetura ARMv9.3, todos com suporte para Scalable Matrix Extension 2 (SME2), que acelera tarefas AI e melhora a eficiência em usos comuns, como a reprodução de vídeo HDR. A gama inclui:
  • C1-Ultra, focado em desempenho máximo, até 25% mais rápido em tarefas single-core face ao Cortex-X925.
  • C1-Premium, uma nova opção que combina performance com eficiência, ocupando 35% menos área que o Ultra.
  • C1-Pro, pensado para cargas de trabalho sustentadas, com ganhos de 16% em gaming ou até 12% mais eficiente em navegação e vídeo face ao Cortex-A725.
  • C1-Nano, direccionado para máxima eficiência, consumindo menos 26% de energia que o Cortex-A520.
Os clusters podem ter até 14 núcleos combinando diferentes tipos de CPUs, geridos pela nova C1-DSU, que garante até 30% mais desempenho e 12% maior eficiência no dia a dia. As maiores melhorias notam-se nas tarefas AI, com o SME2 a permitir até 4.7x mais rapidez em modelos como o Whisper e o Gemma 3 da Google.

No lado gráfico, o GPU Mali G1-Ultra estreia a segunda geração da Ray Tracing Unit (RTUv2), duplicando o desempenho em ray tracing face à Immortalis-G925, além de oferecer +20% em rasterização e -9% de consumo energético. Em jogos como Genshin Impact e Fortnite, as taxas de frames sobem até 19%. Também no campo da AI, a nova via de cálculo GP16 garante um aumento de 20% no cálculo de inferência.


Com a nova plataforma Lumex CSS, que disponibiliza designs prontos para fabrico em processo de 3nm, a ARM dá mais flexibilidade a parceiros como Samsung, Honor e Google, permitindo lançar dispositivos mais potentes e eficientes num futuro próximo. Veremos se isto será suficiente para inverter a tendência de cada fabricante continuar a apostar em designs personalizados.

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