A Tesla desenvolveu novas células de baterias que se aproximam das LFP, podendo ser recarregadas até 90% todos os dias.
A grande novidade da Tesla não é um novo carro nem uma melhoria do eternamente prometido FSD, mas sim um avanço na tecnologia de baterias. Lars Moravy, VP de Engenharia da marca, revelou que as novas baterias de níquel de próxima geração são muito mais duráveis, permitindo aos proprietários carregar até 90% diariamente, em vez da recomendação actual de 80%. Isto aproxima-as da conveniência das baterias LFP, que podem ser carregadas até 100% sem preocupações com a degradação.
A mudança resulta de um avanço importante na ciência dos materiais. Uma patente recentemente publicada explica como a Tesla melhorou o cátodo das suas baterias de níquel através de um processo chamado doping, a introdução de pequenas quantidades de elementos metálicos na sua composição. Esta técnica aumenta de forma significativa a durabilidade, aproximando os modelos Performance e Long Range da conveniência das baterias totalmente carregadas dos veículos com baterias LFP. De acordo com a patente, os novos cátodos conseguem reter cerca de 91% da capacidade, face aos 83% das versões anteriores. Enquanto as células tradicionais podem perder perto de 20% da capacidade ao longo do tempo, a nova versão dopada reduz essa perda para menos de 5%. Ou seja, uma redução de quatro vezes na degradação, traduzindo-se em mais autonomia e maior longevidade para as baterias.
Embora não seja uma inovação tão revolucionária como a mudança para uma bateria de estado sólido, ou de aumento significativo da velocidade de carregamento (algo em que a Tesla tem estado atrás dos fabricantes chineses) não deixa de ser uma pequena melhoria que beneficiará quem optar por um Tesla, ficando permanentemente com 90% da carga à disposição sem ter que se preocupar com o pré-planeamento das viagens no dia anterior.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)


















Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)