O Luis Costa não deixa passar uma oportunidade para ver que tal se mexem os mais variados tablets que vão chegando ao mercado, e desta vez traz-nos as suas impressões rápidas sobre o Slate 7 da HP.
Resolvido o assunto WebOS e com os objectivos novamente definidos, a HP resolveu iniciar uma nova aposta na plataforma Android. Tal como outros fabricantes, optou por começar com equipamentos económicos que serão de maior interesse para os mercados emergentes e onde será potencialmente mais fácil atingir os volumes que procuram - em vez de competir no segmento topo-de-gama que nem sempre tem o retorno desejado.
O HP Slate 7 foi o equipamento escolhido para esta nova aventura, quem sabe inspirada pelo sucesso que a linha Nexus 7 (modelo 2012) já estava a ter.
O HP Slate 7
Especificações:
- CPU Rockchip RK3066 Dual core, 1600 MHz, ARM Cortex-A9/Mali-400 MP4
- 1GB RAM
- 8GB Armazenamento (5,75 disponível para o utilizador)
- Ecrã 1024x600 169 ppi
- Beats Audio, ainda como imagem de marca
O design, embora não seja nada de outro mundo, é algo que não é norma no segmento dos tablets. O Slate 7 importa o look dos smartphones, lembrando o HTC One. No lugar de uma superfície arredondada , tem uma lateral a imitar um aro metálico. Confesso que não desgostei desta solução, embora esta acrescente algum peso face ao Nexus 7 (30g). Nada de muito significativo, portanto.
O CPU cumpre a sua função sem grandes soluços. Não se envergonha ao correr as principais aplicações jogos. Tendo em conta o preço do equipamento não podemos esperar milagres. O armazenamento é curto, mas o facto de ter um slot para cartões micro SD acaba por ajudar a colmatar esta situação
A câmara, foi uma boa surpresa, igualando (e até superando em alguns casos) com facilidade a qualidade obtida com as câmaras dos smartphones.
Os pontos menos positivos são a versão Android (4.1), que ainda não tinha sido actualizada (na realidade, a actualização que recebi não alterou a versão do Android) e o ecrã, este sim o calcanhar de Aquiles.
Mesmo reportada a 2013, os 1024x600 deste ecrão são uma resolução que já não se pode considerar aceitável, e os resultados, infelizmente estavam bem à vista. Bem sei que, tendo um Nexus 10 como tablet de referência, tenho padrões de comparação muito elevados, mas mesmo ao lado do Nexus 7 2012 a diferença é notória.
Embora este equipamento pudesse ser encarado como um teste ao mercado, considero que não se justificava a utilização de um painel com estas características, mas a verdade é que está não é uma situação virgem (Acer e Asus, por exemplo, optaram por soluções idênticas como forma de contenção de custos nos modelos deste segmento).
Para terminar, fica um dos aspectos mais interessantes, o carregador, com fichas modulares. O facto de permitir diferentes tipos de fichas não é novidade, mas a forma simples como se instala a parte da ficha, esse sim é um aspecto digno de registo, e o qual deveria ser seguido por outras marcas. Muito fácil de instalar e remover.
A HP entretanto já apresentou 3 novos tablets Android com 7, 8 e 10", com hardware renovado, e terá em breve (espera-se) o Slate 7 Extreme (com um Tegra 4) disponível no mercado. Resta saber se estes novos tablets irão chegar a terras lusas.
Galeria de imagens
Sem comentários:
Enviar um comentário (problemas a comentar?)