Há quem não se importe de andar com um conjunto crescente de sensores, como as populares pulseiras que monitorizam os nossos movimentos e sono, e em breve uma nova geração de smartwatches com capacidades ainda mais avançadas; mas por outro lado, há quem defenda que o caminho a seguir deverá ser outro... e não deixam de ter a sua razão.
Em vez de apostar num conjunto cada vez mais abrangente de sensores que teremos que carregar para todo o lado, este "movimento" anti-wearable aposta em colocar sensores em "todo o lado", tornando virtualmente desnecessário que os tenhamos que carregar em nós mesmos. A ideia é que as cadeiras em que nos sentamos, os teclados onde pousamos as mãos, e tudo o mais que nos rodeiam, passem a ter sensores capazes de medir tudo o que houver para medir sobre nós.
Um destes sistemas está a ser aplicado aos assentos dos automóveis, permitindo detectar a respiração e ritmo cardíaco do condutor, por forma a determinar se o mesmo está em condições para conseguir conduzir em segurança - um projecto que tem a particularidade adicional de recorrer ao BITalino... um projecto nacional.
Será que a existência de sensores em "tudo" irá mesmo substituir a necessidade de andar com dispositivos wearable com estas capacidades; ou será que ambos irão conviver em harmonia, multiplicando ou confirmando a medição dos dados? A mim parece-me perfeitamente possível que quem não quiser andar carregado com sensores possa depender destes sensores externos para obter grande parte das vantagens que estes sistemas permitam; mas para quem quiser ir ainda mais longe, bastará optar por um (ou mais) werables que garanta esse registo de dados a "tempo inteiro".
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