A Microsoft tem tido uma posição bastante aberta no processo de desenvolvimento do Windows 10, permitindo que todos os utilizadores que o testam dêem o respectivo feedback. Mas nem assim se livra de ser alvo de críticas que parecem demonstrar aquilo que já muitos saberão: que é impossível agradar a todos. Neste caso numa alteração que vem afectar o modo como funciona o OneDrive, e que remove uma das suas características diferenciadoras.
O OneDrive da Microsoft (antigo SkyDrive) recorria a um sistema bem original que esbatia as fronteiras entre armazenamento local e na cloud. Em vez de, como noutros serviços, se optar por fazer a sincronização de pastas pré-seleccionadas (obrigatório no caso de termos um computador com um disco pequeno, e onde não se quisesse ter todos os ficheiros que guardamos na cloud), o OneDrive permitia-nos ver todos os ficheiros que temos na cloud, mesmo que na realidade não estivessem disponíveis localmente - ao estilo de "atalhos" para o conteúdo real na cloud.
O sistema poderá ser avançado, mas na mais recente versão de testes do Windows 10 a MS optou por removê-lo e implementar um sistema de sincronização de pastas seleccionadas - tal como os outros fazem. Uma opção que foi explicada pela MS como sendo de compreensão mais simples para os utilizadores, mas que tem gerado enorme contestação.
Admito que este sistema possa causar algumas confusões, e será "chato" para um utilizador pensar que tem acesso a um ficheiro no seu OneDrive e quando precisar de o usar (sem internet) descobrir que afinal não pode. Por outro lado, mesmo considerando que a maioria dos utilizadores que estará a testar o Windows 10 nesta fase esteja predisposto para preferir funcionalidade avançadas, também penso que este retrocesso da MS foi mal orientado.
Se acham que o sistema não é de fácil compreensão pelos utilizadores comuns, então em vez de o remover (e com ele removerem uma das funcionalidades diferenciadoras do OneDrive, e que muito apreciada é por muitos utilizadores) porque não apostarem em torná-la de mais fácil compreensão? Porque não arranjar forma de mostrar visualmente e de forma clara, quais os ficheiros que estão disponíveis localmente e quais estão na cloud? Essa sim, parece-me que seria a solução ideal; e espero bem que durante esta fase de desenvolvimento ainda seja isso que venha a acontecer.
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