2015/05/27

Fnac também inflaciona preços para tornar descontos mais apetecíveis


Não é o tipo de coisa que esteja à altura das nossas habituais pechinchas, mas não deixa de ser um pouco triste apanharmos em flagrante as tácticas a que as empresas recorrem para tentarem enganar os potenciais clientes, como agora acontece com a Fnac.

A Fnac realizou um promoção onde oferecia descontos imediatos numa vasta gama de produtos, onde se incluíam também os tablets, anunciados com descontos até 60%. No caso de um pequeno Toshiba Encore, o desconto era de uns aparentemente apetecíveis 50%, passando de 149,99 para 74,99 euros.

Um desconto de 50%... excelente, certo?

Até poderia parecer que sim, só que acontece que o nosso Luis Costa andava precisamente a considerar a compra de um destes tablets, e tinha estado a olhar para ele no dia anterior ao início da promoção, apercebendo-se imediatamente de algo estranho.



É que embora a promoção fizesse referência a um preço "normal" de 149,99 euros, ao qual aplicava o desconto de 50%, no dia anterior a Fnac apresentava o preço normal como sendo de 99,99 euros.


Ora... não é novidade que este tipo de táctica, em que as lojas inflacionam os preços antes das promoções para depois anunciarem maiores descontos, seja algo bastante comum. Mas, será que se justifica estragarem a sua reputação com este tipo de coisa? Teria sido assim tão diferente fazerem a promoção com o desconto real de 25% face ao preço que estavam a praticar, em vez de subirem o preço 50%(!) para depois enganarem as pessoas com um maior "pseudo-desconto"?

Quanto a mim, o que conseguem é que se deixe de poder confiar em qualquer campanha de "descontos" que anunciem... com todas as consequências que isso traz a nível de credibilidade junto dos consumidores.

28 comentários:

  1. Bom trabalho Carlos e Luis :)

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  2. Já faz algum tempo que não compro nada na Fnac...Worten e Media Markt são sempre mais baratas e com maior variedade de escolha...na Fnac só mesmo se for exclusivo ou se estiver esgotado.

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  3. Lembro-me de uma vez ver um produto na fnac numa situação parecida. Aquilo tinha um "preço anterior" gigante e estava cortado para um preço mais baixo no entanto quando o produto era adicionado ao carrinho via-se verdadeiro "preço anterior" que era muito mais baixo que o apresentado nos detalhes no produto

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  4. Parabéns por chamarem a atenção a estas jogadas. É muito comum na FNAC.
    De vez em quando apanham-se lá umas promoções decentes mas é muito raro.

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  5. Pela lei anterior, antes da alteração da lei dos Saldos e Promoções, o que eles fizeram era ilegal:

    2 - Entende-se por preço anteriormente praticado, para efeitos do presente decreto-lei, o preço mais baixo efectivamente praticado para o respectivo produto no mesmo local de venda, durante um período continuado de 30 dias anteriores ao início do período de redução.
    DECRETO-LEI N.º 70/2007, DE 26 DE MARÇO - Artigo 5

    Mas Revogaram esta alínea.

    Agora ficamos só com o ponto 1:

    1 - A redução de preço anunciada deve ser real, por referência ao preço anteriormente praticado para o mesmo produto ou por referência ao preço a praticar após o período de redução, quando se trate de um produto não comercializado anteriormente pelo agente económico.

    Só que ao retirarem o ponto 2 que era claro, ficamos com "por referência ao preço anteriormente praticado para o mesmo" que é demasiado abrangente.

    Ficamos os consumidores a perder e agora temos que levar com estas aldrabices.

    Mas se alguém for sócio da Deco, podia se informar com eles se esta minha conclusão está correta ou não.

    (Carlos, estava logado e tive que recorrer ao copy paste porque o comentário não foi enviado)

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    1. Lá está, leia o meu comentário que está mais abaixo...

      Quando falam em: "A redução de preço anunciada deve ser real, por referência ao preço anteriormente praticado para o mesmo produto ou por referência ao preço a praticar após o período de redução"

      Referem-se ao PVP, já que o valor anterior já era uma campanha e na actual foi ainda mais reduzido...!

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    2. Sim, mas a seguir vem a dizer que isso é só "quando se trate de um produto não comercializado anteriormente pelo agente económico."

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    3. Olá Diogo, penso que a questão é precisamente essa, a do preço anteriormente praticado. Se o produto referido no artigo já esteve realmente ao preço de 149,90 o site da Fnac não está a cometer qualquer tipo de ilegalidade.
      Tendo em conta o site Kuanto Kusta onde em muito lugares esse tablet ainda está por volta dos tais 149,90, não me custa a acreditar que tenha estado a esse preço na Fnac, logo esta é uma não notícia.
      Já agora, apesar deste site fazer publicidade negativa à Fnac, o que não é a primeira vez, quando há muitas lojas a fazerem o mesmo tipo de prática, se formos de novo ao KuantoKusta, vemos que é a própria Fnac, essa aldrabona, que tem o preço mais baixo para este tablet, 20€ abaixo do 2º mais barato.

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    4. Aqui não discriminamos se é a loja X ou Y ou Z. Falamos apenas dos casos que nos vão chegando. Já falei de más experiências com muitas outras lojas, e bastará ir à secção das "pechinchas" para ver que há lojas que merecem muito mais críticas que a Fnac - para além de que refiro igualmente que este tipo de prática não se limita a ser feita pela Fnac. Sendo apenas uma questão de "atitude" perante os clientes - ainda mais, quando, como referes, o preço final acaba por ser apetecível na mesma (mesmo que fosse anunciado com os 25% que seriam mais justos).

      De resto, é o mesmo que frequentemente acontece ao criticarmos os operadores de telecomunicações. Nenhum deles é perfeito, em muitas coisas podem ser iguais, mas normalmente as críticas recaem sobre aquele que for "a gota de água" dependendo das circunstâncias do momento.

      ... Tal como aqui acabou por acontecer com a Fnac.

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    5. Vitor, estamos aqui a falar de uma atitude que a FNAC teve (e que outros também o fazem) que para nós Consumidores é desleal porque estão a inflacionar a percentagem de desconto quando no dia anterior tinham um valor bastante menor.

      A FNAC teve azar porque foi apanhada em flagrante a usar a táctica (que deve ser legal) de integridade duvidosa.

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    6. Carlos só queria referir que esta prática é recorrente, habitual, e não é nova, em praticamente todas a lojas do género. Se formos dar uma volta aos principais sites decerto que encontraremos situações parecidas. Um exemplo habitual é o dos Smartphones, por exemplo, vamos supor que uma Galaxy S5 está agora a 400€ numa loja, quando há um ano, quando foi lançado estava a 600€. Amanhã é lançada uma campanha em que o colocam a 300€ durante o fim de semana. É claro que a loja vai anunciar que é um desconto de 50%, e, embora realmente não seja completamente ético, eles na realidade não estão a enganar ninguém, pois o produto esteve realmente ao dobro do preço no passado :)

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    7. Diogo, concordo que é uma prática duvidosa, mas de momento penso que seja legal. E acho que quem costume pesquisar preços e campanhas em várias lojas antes de adquirir um produto, já deve ter reparado que esta prática é neste momento "normal" em quase todo lado, para o bem ou para o mal.

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    8. Sim, sem dúvida. Mas por cá não gostamos que as coisas "anormais" passem a ser consideradas "normais", pelo que preferimos ir chamando a atenção para elas.

      Bastará referir que também os operadores já se sentiam confortáveis a anunciar os seus planos "ilimitados" com limites... e que pelo menos numa ocasião, tivemos influência directa para que uma dessas campanhas fosse alterada.

      Por isso, lá vamos batalhando... pode ser que um dia também isto sirva de inspiração para que os lojas sejam mais transparentes nesta questão dos preços/descontos.

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    9. "É normal", "Todos o fazem" são a verdadeira desculpa à Tuga.
      Tb era normal a escravatura e as coisas mudaram. Tb são normais os assaltos e as burlas mas ninguém diz "deixa lá".
      As leis devem ser escritas para guiar uma sociedade no seu crescimento e não para favorecer quem segue por atalhos. O que a FNAC (e os outros) estão a fazer é isso mesmo.
      É bom encontrar quem esteja atento e aponte dedo a quem usa aquela faixa cinzenta entre a lei e a moral.
      Desculpem-me mas estou farto da gente do "É normal", "Todos o fazem"

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  6. O pequeno grande pormenor é que qualquer loja relativamente a estas promoções/campanhas, anunciam a percentagem de desconto da promoção de acordo com o deferencial de PVP desse produto logo...!

    Mais flagrante é na Nota 20 da Worten, no entanto acaba por ser a mesma situação.

    Eles (leia-se loja Worten) na semana anterior possuem determinados produtos em campanha com reduções directas no valor de PVP, quando iniciam a campanha nota 20 a campanha anterior terminou, ou seja os produtos em promoção na campanha anterior ou até de outras campanhas voltam ao preço normal de venda ao publico, atrás denominado de "PVP"...!

    O que compensa ao consumidor são as liquidações, ou rebaixas da marca que em muitos casos não chegam no imediato às lojas do costume (worten Fnac, Media Markt, Radio Popular, dai encontrar-mos determinados artigos com diferenciais de 200€ ou mais nas lojas online, (como Prinfor, ou lojas espanholas).

    Já comprei uma TV com um diferencial de 700€ em comparação com Worten, Fnac, RPP, MM, etc e um sistema de som com um diferencial de 400€, TV numa loja Espanhola (pccomponentes.com) e o sistema de som numa loja Portuguesa (prinfor.pt).

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    1. PS: Deixo a ressalva que com o meu comentário não estou a defender nada nem ninguém, apenas apontar um facto que concerteza é desconhecido do comum consumidor...!

      A mim não me apanham em campanhas da treta, para alem de que o mais importante antes de falar mal das lojas é de referir que o consumidor no geral não consegue estar minimamente informado sobre os produtos que adquire, ou que quer adquirir, muito menos se estão a fazer boa compra ou não.

      Muitos olham apenas para o preço praticado em loja e suas campanhas associadas (aderentes Nota 20, etc) e as pseudo campanhas sem juros praticadas nesses lojas, que doutra forma não poderiam comprar.

      No entanto existem produtos altamente inflacionados em comparação com o preço real de mercado e ou rebaixa do retalhista/marca, etc...!

      Nas campanhas do IVA e Nota 20 os produtos com PVP fixo (Apple, consolas) é o que eventualmente compensa, mas mesmo assim recomendo uma breve pesquisa nas diversas lojas online.

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  7. eu reparei nisto a cerca de 2 ou 3 anos pouco antes do natal inicio de novembro talvez, a minha namorada andava de olho num eepc a algum tempo, nao me lembro ao certo os valores mas reparamos que de um dia para o outro passou para 50 - 60 euros mais caro, para na altura do natal entrar em promoção.
    nao compro la nada a muito tempo, uso muito a loja fisica para ver os aparelhos ao vivo, depois vou comprar a outra xD

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  8. Marcas à parte, boa discussão ;) Ao ler as vossas experiências sempre se confirmam e aprendem mais uns truques - "deles" e nossos.

    Uma coisa que seria benéfica para qualquer consumidor seria junto da etiqueta do preço constar sem qualquer margem de dúvida o Mês/Ano em que o mesmo foi parar à prateleira da loja.
    Quantas vezes tenho que recorrer à net, ali mesmo na loja, só para perceber qual dos mouses da Microsoft é o mais actual, por exemplo - e descubro que um dos modelos já está ali pelo menos à ano e meio! Pior: quase ao mesmo preço a que foi lançado...

    Mas pronto, se o ano/mês lá estivesse só mesmo os muito distraídos ajudariam as lojas a escoar os monos não é?

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  9. Mas alguém compra na fnac?

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    1. Eu.
      É das lojas principais as que mais dinheiro gasto.
      E tenho feito bons negócios para a altura que tenho feito as compras. Pesquiso sempre e compro com a certeza de que se não é o preço mais barato (kuantokusta) está lá muito perto.
      Há pouco tempo o meu pai e namorada também lá compraram um LG G4 32GB, 400€ cada, com 5% em cartão. Portes grátis e ainda posso comprar em prestações sem juros se estiver praí virado. Ah e se não estou em erro, o período de devolução/troca direta deles é de 1 mês e não 15 dias como noutras lojas.
      Só não faz lá bons negócios quem não souber procurar e estiver atento.

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    2. Meu caro Paulo, eu acho que percebo a confusão presente na pergunta e concordo. A Fnac não é um bom sítio para comprar, raramente lá vou, porque raramente tem os melhores preços (e tenho algumas histórias de devolução complicadas). Mas isso não implica que por vezes consigam fazer o melhor preço. Como menciona o Nélson, o ideal é mesmo verificar os preços no kuantokusta antes de comprar. Se o melhor estiver na Fnac então porque não ;)

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  10. Não discordando do que foi aqui exposto, curiosamente comprei ontem um Microsoft Surface Pro 3 i3 aproveitando essa promoção e passo a explicar a minha lógica:
    - Preço na loja online da Microsoft e na Worten, 879 euros
    - Preço normal Fnac (o que estava como "preço antes da promoção" e que aparece agora), 799 euros
    - Preço promocional Fnac (o que eu paguei!), 639 euros...

    Conclusão, poupei 240 euros relativamente ao preço "retail"!!

    E um pequeno pormenor: estando eu a viver no Reino Unido posso garantir que isso é uma pechincha comparado com os preços para o mesmo equipamento aqui!

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    1. Com amazon e a libra a 1,50€ achas estes preços pechinchas?

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    2. Preço do mesmo equipamento na Amazon.co.uk, 602 libras, ou seja 843 euros à taxa actual...

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  11. Onde se lê: "Não é o tipo de coisa que esteja há altura" deveria ler-se "Não é o tipo de coisa que esteja à altura".

    ;)

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    1. Ui, que vergonha... só posso atribui-lo ao facto de ter sido agendado a altas horas da madrugada. :)

      Obrigado, corrigido.

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  12. Já sem falar fazerem pagar na hora, artigos como se existissem e passados uns dias virem para devolver o pagamento no período de 48h porque não tem

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