As câmaras que temos nos smartphones são incomparavelmente superiores às que existiam nos dispositivos há três ou quatro anos atrás; no entanto há quem ache que é possível fazer muito melhor, competindo até com as câmaras DSLR - como a Light pretende fazer.
Nas câmaras, há um elemento que tradicionalmente serve logo para separar as câmaras das "câmaras": o tamanho do seu sensor de imagem. Um sensor de maiores dimensões permite ter áreas superiores para a luz que cada pixel recebe, e logo, ter maior sensibilidade e qualidade. Como poderá então uma câmara de um smartphone obter resultados comparáveis?
Como diz o velho ditado, "a união faz a força", e a Light pretende usar múltiplos sensores de pequenas dimensões para obter resultados comparáveis a uma DSLR equipada com um sensor de 52MP.
Esta não é a primeira vez que se quer usar múltiplos sensores e a matemática para fazer o "impossível" - com a Lytro já vimos que um sensor lightfield permite que uma câmara obtenha imagens de qualidades mesmo quando utilizada com lentes que, num sensor normal, não permitiriam obter grandes resultados; e neste sistema da Light, a ideia é usar múltiplos sensores de imagem, equipados com lentes diferentes (e até filtros diferentes), e depois combinar tudo numa imagem cujo resultado seja superior à da soma de cada um deles - permitindo até simular um zoom óptico sem que haja necessidade de lentes volumosas.
Como sempre... a ideia é boa, e os cérebros por trás da Light já têm provas dadas na área do processamento de imagens. Agora só falta ver isto chegar ao mercado... e demonstrar a sua validade no mundo real.
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