O Netflix pode já chegar a praticamente todo o mundo, mas agora vai começar a fechar as portas aos serviços que recorrem a habilidades para dar acesso ao catálogo de filmes e programas que disponibiliza noutros países.
Muito gostaríamos de viver num mundo onde o acesso aos conteúdos pudesse ser feito em igualdade de circunstâncias independentemente do país em que se estivesse. Infelizmente, não é o caso, nem parece que tal possa vir a acontecer a curto prazo, devido a um emaranhado de acordos e licenciamentos que poucos parecem ter vontade de abolir. O efeito é que se vai tornando "normal" que um utilizador se depare com avisos de que tal conteúdo não está disponível no país onde está, e isso aplica-se até a serviços pagos como o Netflix.
Mesmo recomendado-se a adesão ao Netflix em Portugal, não há como ignorar o facto do nosso catálogo ser bastante mais reduzido do que um utilizador do Netflix tem no Reino Unido ou nos EUA. Isso tem feito com que muitos utilizadores recorram a serviços que "desbloqueiam" o acesso aos catálogos de outros países (isto porque, um utilizador português do Netflix que se desloque a Espanha, ou França, ou outro país, passa a ter legalmente o acesso aos conteúdos desse país - e deixa de ter acesso aos conteúdos que existem em Portugal).
Até ao momento, o Netflix tem sido bastante permissivo quanto a estes serviços, o que possibilitou que os mesmos se multiplicassem que nem cogumelos; funcionando ao estilo de VPNs "light", em que basta alterar os servidores de DNS para se poder ter acesso ao serviço Netflix do país pretendido. Mas agora o Netflix diz que, embora continue a lutar pela igualdade de direito de acesso em todos os países (coisa que poderá fazer com as suas produções próprias), irá começar a detectar e impedir os acessos feitos via estes serviços de proxy.
São más notícias para todos os que utilizam estes serviços; mas é também de esperar que estes serviços se adaptem por forma a contornar estas novas dificuldades levantadas pela Netflix. Seja como for, o importante será esperar que este tipo de coisas não seja necessário durante muito mais tempo.
Actualização: há quem interprete isto como sendo apenas aquilo que a Netflix tem vindo a fazer, e que será apenas "mais do mesmo", ou seja... tentam bloquear mas sem qualquer efeito prático.
Actualização (22/01): afinal parece que é mesmo para levar a sério.
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