2016/08/15

Análise ao Samsung A3

Embora seja fácil ficar fascinado com modelos topo de gama como o Galaxy S7, estamos muitas vezes limitados por um orçamento bem mais reduzido. O Samsung A3 é a aposta para o segmento médio, e o nosso Luis Costa diz-nos que tal se comporta.


A Samsung tem nos Galaxy S a sua jóia da coroa, concentrando nestes equipamentos a quase totalidade dos seus recursos. A gama média há muito que deixou de ser prioritária e a gama de entrada quase que está esquecida. Há contudo muitos clientes a movimentarem-se nestas duas gamas, o que implica desde logo que a marca marque presença nas mesmas.

Em finais de 2014, a Samsung apresentou em Portugal o Galaxy Alpha, um smartphone que quebrava com o design dos Galaxy S e marcava o início da passagem da marca Sul-Coreana para o corpo em metal, que só viria a chegar à gama S com o Galaxy S6. O Galaxy Alpha ficou esquecido e acabou por não ter um sucessor directo. Só no final de 2014 é que a Samsung resolveu apostar na gama A, se bem que com uma estratégia localizada, não chegando alguns dos terminais a todas as regiões do Globo.

O Samsung A3 (2016)



O Samsung A3 (2016) é portanto a segunda geração desta nova gama, que continua a apresentar um design alternativo face ao que é utilizado nos Galaxy S7. Há contudo algumas semelhanças como vamos ver a seguir.


O corpo em metal é um dos elementos em destaque, com um anel que circunda o equipamento, dando robustez ao conjunto. As arestas cortadas e as reduzidas dimensões do equipamento, ajudam a que o mesmo seja bastante confortável em utilização.


Na lateral esquerda, temos os botões de volume e na direita o botão de power e o slot para os cartões microSD e nano-SIM. Em cima, um microfone e em baixo a entrada para os auscultadores 3,5 mm, a porta microUSB, o altifalante e o outro microfone.


O botão "Samsung", goste-se ou não, continua a ser uma imagem de marca. Os outros dois botões, voltar e multi-tarefa, ladeiam-no e ficam visíveis através de retro-iluminação.


Em termos de hardware, temos o mínimo exigido a um equipamento de gama média-baixa. Tem um processador Exynos 7580 para o nosso mercado, ficando o Qualcomm Snapdragon 410 (por exemplo) para o outro lado do Atlântico.
Tem apenas 1,5GB de RAM e 16GB para armazenamento, o qual pode ser expandido através de cartão microSD. Mede 134.5 x 65.2 x 7.3mm e pesa 132g.

O ecrã AMOLED de 4,7" com resolução HD 720p é outro dos pontos altos deste smartphone, com uma excelente qualidade, ao nível daquilo que a Samsung tem habituado os seus clientes. Apesar de baixa, a resolução acaba por se enquadrar bastante bem no equipamento devido à sua reduzida dimensão.

Em termos de software, temos o habitual TouchWiz da Samsung a correr sobre o Android Lollipop da Google.

A câmara


Este é um terminal que se bate na gama média-baixa, pelo que não se pode esperar um desempenho semelhante ao que é obtido pelo topo de gama Galaxy S(7). Os resultados, desde que em locais com boa iluminação, são satisfatórios. No caso de haver pouca luz, o flash é inevitável.


A interface da câmara é a habitual nos terminais da Samsung, com algumas das opções mais comuns a marcarem presença. Para algo mais complexo, com filtros e afins, podem sempre recorrer ao Google Play.


Em funcionamento


Os resultados obtidos pelos testes de benchmark estão em linha com o que é esperado para este tipo de hardware. Não há lugar a milagres ou surpresas.


Tudo se processa de forma relativamente fluída, mas nada de velocidades supersónicas. O peso do TouchWiz ainda se faz sentir de forma determinante, o que não contribui em nada para um desempenho mais agradável.



Ter apenas 1,5GB de RAM para suportar todos estes requisitos, é um duro golpe, pois rapidamente fica requisitado pelo sistema e aplicações. Esta reduzida capacidade de RAM deve ter sido uma da razões que levou a Samsung a optar por uma funcionalidade para optimização das apps. Estes recursos bem poderiam ter sido aplicados num incremento da RAM para os 2GB, que se poderão considerar o patamar mínimo actualmente.

Os temas continuam a estar presentes e dão a possibilidade de dar um look diferente ao equipamento.


Se gostarem de utilizar o Flipboard, a Samsung disponibiliza o Briefing integrado no launcher, para um acesso mais rápido às notícias sobre os assuntos da vossa preferência.

Apreciação final



Confesso que sou um apreciador do design desta série A, o qual me agrada mais que o utilizado na gama Galaxy S. Este A3 tem um corpo em metal com muito bons acabamentos, onde apenas a traseira em vidro acaba por destoar, mas esta parece ser uma linha que a Samsung se mostra pouco interessada em alterar (pelo menos até agora).

O ecrã AMOLED é a estrela do conjunto, tornando a visualização de conteúdos muito agradável. O restante hardware não consegue acompanhar a qualidade do ecrã, mostrando-se apenas capaz de cumprir os serviços mínimos obrigatórios. Em termos de actualizações, este Samsung A3 aguarda serenamente pela chegada do Android Marshmallow. Numa rápida visita ao Sammobile, pode verificar-se que esta versão ainda só está disponível em 3 países. Se tivermos em conta que o Android N chega no final deste mês, o cenário não é nada favorável para o Samsung A3.

Esta análise deve contudo ser feita tendo em conta o segmento em que este equipamento se insere, e neste caso, no computo geral, este terminal tem um comportamento que corresponde ao esperado. Há no entanto mais uma variável a considerar na avaliação deste smartphone, o preço. Este terminal encontra-se no mercado com um preço médio de 250€, sendo que na altura da sua chegada a Portugal, este valor estava acima dos 300€!

Convém recordar que estamos a falar de um equipamento que em termos de hardware se insere na gama média-baixa, a qual abarca equipamentos entre os 200 e os 250€. Ao colocar o smartphone no mercado com um valor substancialmente superior, a Samsung espera por certo que o seu nome consiga suportar esta diferença. Por esta razão, o Galaxy A3 (2016) acaba por sair algo penalizado na avaliação final, recebendo apenas um Morno, mas sem que isso impeça que o resultado pudesse ser um "Quente", para quem achar que o nome da marca Samsung seja suficiente para cobrir a diferença de preço.


Samsung Galaxy A3 (2016)

Prós
  • Qualidade de construção
  • Ecrã AMOLED

Contras
  • Preço
  • Android Lollipop
  • Apenas 1,5GB de RAM

Por: Luis Costa

3 comentários:

  1. Boa tarde, A3 (2016) Ecrã de 4.7".

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  2. O preço é de facto pouco convidativo para um utilizador entendido na matéria... Nunca na vida ia optar nem recomendar a um amigo um Samsung de gama média porque já sei o resultado passado uma ano!

    Outra coisa 1,5GB de RAm? Lollipop?
    Yeap sem comentários Samsung :(

    E achei "piada" também ao comentário da qualidade do ecrã

    "Apesar de baixa, a resolução acaba por se enquadrar bastante bem no equipamento devido à sua reduzida dimensão."

    Hoje consideramos um ecrã de 4.7" um equipamento de reduzidas dimensões :D
    Vou guardar esta análise para ler daqui a 5anos :) como os tempos mudam heheh

    Apesar de não gostar desta gama, gostei de ler a análise continuem o bom trabalho.

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