2016/10/04

Huawei não aceitou fazer os Pixel porque a Google não queria "marca" do fabricante


Hoje ficaremos a conhecer os novos Pixel no evento da Google (logo às 17h em Portugal) mas entretanto surgem alguns "desabafos" que poderão ajudar a explicar porque motivo a Google teve que recorrer à HTC para os produzir, em vez da Huawei como estava inicialmente previsto.

A Huawei depositou grandes esperanças (e investimento, de centenas de milhões de dólares) na promoção do Nexus 6P, que esperava vir a tornar-se na sua porta de entrada no mercado norte-americano. Aparentemente estaria previsto que o Nexus 6P estivesse disponível nos principais operadores dos EUA, o que seria indispensável para ter hipótese de sucesso num mercado onde a maioria dos equipamentos é subsidiado; uma intenção que não se veio a concretizar e que se complicou ainda mais quando a Google exigiu a exclusividade das vendas via Google Play durante a fase de lançamento, antes de permitir a venda através de outras lojas online como a Amazon.

Ainda assim, para o modelo seguinte (deste ano) a Huawei voltou a demonstrar interesse de continuar a parceria, sendo que estariam previstos três novos smartphones em vez dos dois que iremos ter. Só que este ano a Google tinha nova "surpresa"... o fim dos smartphones Nexus e a aposta nos Pixel como marca própria. E para isso, havia uma exigência da Google que a Huawei considerou ser a gota de água: a dos smartphones terem unicamente a marca Google e não a do fabricante, ao contrário do que acontece nos Nexus.

Terá sido isso que afastou a Huawei da produção dos "Pixel" deste ano, obrigando a Google a recorrer à HTC.

Isto ajudará a explicar porque motivo a Huawei tinha insinuado que a parceria com a Google era para continuar (o ano passado) mas este ano teremos os Pixel feitos pela HTC; mas também deixa a questão do eventual tablet feito pela Huawei para a Google numa posição delicada. Por um lado, seria um produto que deveria englobar a família Pixel; por outro lado faz sentido que a Google tenha tido que ceder (provavelmente por não encontrar alternativa) e aceitar que a Huawei colocasse a marca no tablet... e assim obrigando a que se mantenha na família Nexus.

Enfim... talvez logo ao final da tarde tudo fique esclarecido, quando virmos os novos Pixel e demais novidades que a Google tem para nos apresentar.

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