A Kodak é mais um dos (tristes) exemplos de como as empresas que não conseguem adaptar-se às novas tecnologias correm o risco de desaparecer, mas temos agora uma tentativa de fazer renascer esta nostálgica marca com um smartphone orientado para as fotos e que recupera o nome das câmaras Kodak da década de 40: o Ektra.
Nesta sua nova fase pós-bancarrota, a Kodak tenta entrar no hiper-competitivo mercado dos smartphones, mas assumindo desde logo que o ponto principal continua a ser a fotografia. O Ektra vai buscar inspiração no design às câmaras Ektra clássicas de há quase um século atrás, e compõe o conjunto com características bem actuais.
Temos um ecrã Full HD de 5", CPU Helio X20 deca-core, 3GB de RAM + 32GB + microSD até 128GB, câmara de 21MP (sensor Sony) f/2.0 com estabilização óptica, câmara frontal de 13MP f/2.2, bateria de 3000mAh, USB Type-C, Android 6.0, e com um conjunto de apps pré-instaladas vocacionadas para a fotografia e vídeo (Kodak Camera), Snapseed, Super, Prints app, etc.
Embora seja simpático ver o nome Kodak ressurgir, penso que não será fácil convencer os consumidores a apostarem neste Ektra, que vai chegar até nós com um preço de 499 euros (e aparentemente sem sensor de impressões digitais). Talvez se a sua qualidade fotográfica realmente demonstrar ser muito superior à concorrência... mas não será fácil fazer frente aos resultados obtidos pelos topos de gama da Apple, Samsung e também o novo Pixel da Google; para não falar da Huawei, que tem investido fortemente nessa área e conta com parceria com a Leica, e que tem feito chegar o sistema de dupla câmara traseiras a modelos cada vez mais acessíveis.
... Pessoalmente, parece-me que teria sido melhor a Kodak ter investido na qualidade em vez de no número de megapixeis (e talvez num zoom óptico), mas veremos que tal o mercado reage a este Ektra quando chegar às lojas.
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