2017/04/19

Huawei explica ausência do ecrã oleofóbico no P10


A ausência do tratamento oleofóbico no ecrã do Huawei P10 surpreendeu muitos fãs, mas a marca já nos deu uma explicação para isso: e está relacionada com o novo sensor de impressões digitais.

O problema das evoluções tecnológicas feitas a nível dos touchscreens ao longo dos anos, é que raramente lhes damos valor, a não ser quando "se anda para trás". Em tempos não muito distantes seria assumido que um touchscreen seria de plástico e utilizaria tecnologia resistiva; depois popularizaram-se os touchscreens capacitivos e de vidro; depois aumentou-se a capacidade de detecção multi-toque para 5 e mais dedos; etc. Enquanto isso, na parte exterior, o tratamento oleofóbico ia-se tornando comum, procurando evitar a acumulação de dedadas, gordura e sujidade.

Daí que, lançar um topo-de-gama como o P10, em 2017, sem este tratamento, parecia um contra-senso - um que não seria explicado pela aplicação de origem de uma película de protecção. Foi isso que nos levou a perguntar à Huawei qual o motivo porque o P10 não recebera um ecrã com tratamento oleofóbico, e felizmente a Huawei respondeu-nos.
“Reduzimos o revestimento oleofóbico do P10 e dos P10 Plus de modo a assegurar que o primeiro sensor de impressão digital situado abaixo do ecrã, com uma navegação smart touch, funciona na perfeição. O ecrã é protegido com Gorila Glass 5 e vem com um filtro de proteção de origem, oferecendo ao consumidor uma dualidade perfeita entre utilização e a proteção”.

No P10 a Huawei estreou a utilização de um sensor de impressões que fica posicionado por trás do vidro do painel frontal, que é feito de uma peça única e sem o tradicional recorte para a aplicação de um botão/sensor. Ora, segundo a marca, a aplicação do tratamento oleofóbico no vidro iria interferir com o funcionamento do sensor de impressões digitais, motivo pelo qual a marca não o fez.

É uma explicação válida, mas que também não irá satisfazer todos os fãs. É que existem modelos no mercado que também recorrem a sensores posicionados atrás do vidro, e que continuam a aplicar o tratamento oleofóbico (embora se admita que possam ser outros sensores ou outros tratamentos a que a Huawei não tinha acesso). Seja como for... é a explicação que nos foi dada e que, gostando-se ou não, vem dar resposta a esta questão que nos intrigava.


Actualização: afinal o problema parecia estar relacionado com a acumulação de electricidade estática e a Huawei já resolveu o assunto, sendo que as novas unidades já vêm com um novo tratamento oleofóbico que não interfere com o touchscreen - e que na China poderá ser aplicado nas lojas aos P10 já vendidos. Mais complicado será trocar as memórias flash...

3 comentários:

  1. Porque dizes olefóbico em vez de oleofóbico? Já nos posts sobre o ecrã do Vernee Thor reparei, mas pensei que fosse um daqueles erros habituais de cansaço, mas agora voltaste a fazer o mesmo. Esclarece-me por favor. O meu TOC está a precisar.

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    1. Errr... acredita que pensava que tinha escrito oleofóbico! (e num teste rápido comprovei... ao querer escrever oleofóbico saiu olefóbico em 90% das vezes... deve ser da idade! :)

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  2. Qual será a explicação deles, para que nos modelos de gama média, que não têm o sensor digital por trás do écran, também não tenham tratamento oleofóbico? Corte nos custos de produção?

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