2017/04/07

Twitter tenta fazer as pazes com developers


O Twitter está a preparar uma nova API unificada de acesso ao seu serviços, mas o mais difícil será reconquistar a confiança dos developers que foi afugentando ao longo dos últimos anos.

Pode ser positivo que o Twitter pareça ter finalmente encontrado um rumo a seguir e se dê ao trabalho de revelar as suas intenções a nível da API que vai disponibilizar. No entanto, para muitos dos developers que lhe poderiam vir a dar uso, a coisa poderá ser encarada com um "não, obrigado".

O problema é que, no início, o Twitter agradeceu a todos os que foram lançando apps e serviços acessórios que ajudaram a que ganhasse popularidade. Para além dos muitos clientes de Twitter, temos que nos relembrar que o Twitter foi responsável pela popularização dos encurtadores de endereços, e também contribuiu bastante para alguns serviços de alojamento de imagens, etc.

Mas, quando o Twitter chegou a certo ponto, começou a ter uma postura completamente inversa, começando a integrar muitos desses serviços externos (e chegando a bloquear alguns deles); e também - ridiculamente - a limitar o número de utilizadores que os developers das apps populares poderiam ter, automaticamente minando o seu potencial de crescimento.

Depois de coisas assim, parece-me perfeitamente lógico que muitos desses developers que se sentiram maltratados pela plataforma não tenham qualquer vontade de voltar a apostar no Twitter. Afinal, quem lhes garante que daqui por uns meses, ou no próximo ano, o Twitter não volte a mudar de ideias e novamente lhes feche as portas e os deixe apenas com meses de trabalho que não serviram para nada?

1 comentário:

  1. O maior problema é que o Twitter conseguiu a proeza de desagradar a gregos e troianos. Pouco controle sobre o que é publicado tornaram o Twitter um antro do haterismo, e as restrições totalmente arbitrárias à API prejudicaram todos os usuários de APPs de terceiros. Ainda mais agora, que o Mastodon aparece como uma alternativa, eles estão com problemas cada vez maiores para manterem o mínimo de relevância.

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