A Apple abriu a WWDC 2017 com o iOS a ocupar o lugar de honra, e são muitas as melhorias e evoluções feitas a este sistema que este ano celebra o seu 10º aniversário.
O iOS é apresentado pela Apple como sendo o mais avançado sistema mobile do momento (não deixando de mandar a boca ao Android com a sua reduzida percentagem de dispositivos na mais recente versão) e o iOS 11 vem com bastantes alterações... tanto a nível do que se vê, como de trabalho de bastidores.
Por exemplo, a Apple demonstrou estar atenta às críticas das apps no iMessage, e passa a apresentar essas apps no iMessages de forma mais visível e fácil de aceder. O Apple Pay também ganha a capacidade para transferir dinheiro directamente entre utilizadores. A Siri ganha maiores capacidades vocais (algo que a Amazon já fez na Alexa) podendo dar diferentes entoações às palavras, e ganha também inteligência acrescida para perceber os padrões dos utilizadores e apresentar a informação que acha pertinente.
Depois da expansão para múltiplas páginas o Control Center passa a ser condensando numa só página que dá acesso a tudo o que se tinha dantes, e recorrendo ao 3D Touch para poder expandir cada uma das secções para dar acesso a ainda mais funções.
O modo Do Not Disturb ganha um interessante modo adicional para silenciar distracções enquanto se conduz, não esquecendo a possibilidade de mensagens urgentes continuarem a poder chegar até nós. O HomeKit ganha suporte para colunas e áudio multi-room graças ao AirPlay 2. Temos melhorias na navegação, agora com indicação da faixa recomendada, e mais mapas de interiores.
Sendo uma das áreas indispensáveis para o sucesso do iOS, a App Store teve direito a uma remodelação completa com um design mais moderno, que na prática elimina os "restos" que ainda nos faziam recordar alguns iOS de outras eras. E sendo um evento para developers, a Apple fez questão de referir que o processo de aprovação das apps será reduzido drasticamente, para apenas uma ou duas horas. Temos também uma novidade importada do Android... os developers passam a poder lançar as suas apps de forma faseada, tanto para reduzir a carga nos seus serviços (se for caso disso), como para detectar problemas antes da app chegar a todos os utilizadores.
Para garantir que não fica para trás, a Apple também faz forte investimento em machine learning para dar inteligência em múltiplas áreas do iOS (desde a previsão de que apps se poderá usar, ou rejeitar toques indesejados) e que ficam disponíveis para os developers utilizarem, com coisas como detecção de rostos e objectos em imagens, identificação de contexto em textos, tradução, etc. etc. E para que a MS não fique demasiado à vontade no campo da realidade aumentada, o iOS ganha o ARKit que facilita a criação de apps de realidade aumentada, e com capacidade impressionante, como demonstrado pela demo criada pelo estúdio de AR de Peter Jackson, onde se criou um cenário complexo em cima de uma mesa - e sem necessidade de marcadores externos como normalmente acontece em AR.
As novidade no iOS não se ficam por aqui, mas a maior parte das "novas novidades" são dedicadas ao iPad, com novo sistema de multitasking, suporte para drag-and-drop entre apps, e muitas melhorias que tornam o iPad numa alternativa cada vez mais atractiva a um computador tradicional - e contando com um novo iPad Pro de 10.5" que servirá perfeitamente para o demonstrar. Mas para isso teremos outro artigo dedicado a ele. :)
Actualização: eis mais algumas das novidades do iOS 11, que também terá a capacidade de apagar apps pouco utilizadas quando se tem pouco espaço livre e será um exclusivo para chips de 64 bits.
Finalmente Português de Portugal no Siri?
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