2007/12/05

O DRM já chateava os Australianos em 1923

Conhecem aquela máxima "Aqueles que não conhecem o passado estão condenados a repeti-lo"?

Pois bem, é exactamente o que se passa actualmente com a treta dos DRM (Digital Rights Management.)
Por muito boa que a ideia possa parecer no papel, na prática acaba por causar enormes dores-de-cabeça aos consumidores que pagaram pelo direito de usar aquele conteúdo.
Veja-se o recente caso de pessoas que pagaram por jogos desportivos transmitidos digitalmente, e que devido à migração dos servidores da companhia para outro sistema, pura e simplesmente deixaram de ter acesso ao programas já gravados nos seus PCs.
(E o mesmo acontece frequentemente com músicas em leitores portáteis, que usam estes esquemas para impedir que sejam transferidas para outros dispositivos.)
Na prática, quem "pirata" consegue ouvir/ver tudo o que quer, onde quer, quando e como lhe apetece - enquanto quem compra, está "lixado"!

E nem vamos começar a analisar os milhões gastos nestas tecnologias estúpidas, tipo o CSS dos DVDs e o AACS dos novos discos de alta-definição que - como é óbvio - rapidamente foram "crackados". Refira-se também os custos que caem sobre os consumidores, obrigando a uma maior complexidade em todos os equipamento que queiram usar estes formatos.
(Veja-se o caso do Windows Vista, onde o Sistema Operativo parece mais preocupado em gastar a potência do CPU a encriptar e proteger o conteúdo do próprio utilizador, do que a fazer o que devia!)


A Rádio chega à Austrália [1923]

Mas vejamos então o que se passou na Austrália em 1923. (Fonte [BlogCampaining])
Quando as emissões de rádio foram introduzidas, obviamente havia um "sistema de protecção dos direitos dos sinais analógicos", cujo princípio fundamental nos atormenta até hoje.

Naquela altura, por forma a rentabilizar o formato, os rádios eram vendidos pré-sintonizados numa única frequência específica, e selados de forma a que ninguém pudesse mudar de canal. Cada emissora vendia o seu rádio específico, e as pessoas ouviam unicamente aquela estação. (Não, não é para rir!)

Obviamente, demorou menos de dois anos até que este sistema fosse abandonado, tendo sido um fracasso completo.

Hoje em dia, mudam-se os formatos mas as restrições que nos querem impôr são idênticas... e infelizmente tem demorado mais que dois anos para que cheguem à conclusão que continua a ser um fracassso.

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