São negócios de "tostões", mas que quando multiplicados por milhões de clientes se tornam autênticos filões de ouro explorados pelas grande empresas. Nos EUA a AT&T está a ser processada pelo contabilização abusiva do tráfego de dados, que segundo os advogados do processo pode chegar a uma sobre-facturação de 300%.
A verdade é que parece ser impossível arranjar forma de contabilizar os dados nos dispositivos móveis de forma a que batam certo com o que nos é cobrado. No caso do iPhone, o contador de tráfego existente no sistema (afinal está integrado no próprio iOS, melhor não poderia ser) revela mensalmente que há discrepâncias de várias dezenas de Megabytes relativamente aos consumos que nos são apresentados pelo operador.
E se nuns casos isso pode não ser problemático, noutros pode ser a diferença que basta para surgirem mais umas dezenas de euros na factura.
Os operadores defendem-se, alegando que o equipamento faz acessos "escondidos" que os utilizadores não sabem - mas isso é uma desculpa perfeitamente inaceitável. No caso de equipamentos como o iPhone, onde o contador está integrado com o próprio sistema, deveria ser o suficiente para poder servir "de prova" dos consumos que realmente foram feitos.
Esperemos que com este processo nos EUA, os consumidores fiquem alertados para este tipo de situações, e exijam que os operadores sejam mais claros sobre estes "arredondamentos" que - nada surpreendentemente - ocorrem sempre a favor do operador e nunca a favor do cliente!
2011/05/25
Tarifários de Dados "Arredondados"
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A questão que existe é que são debitados pacotes de 10kb pelo que se consumirmos 1kb de informação é-nos taxado 10kb. A maior parte da diferença vem daqui...
ResponderEliminarTexto na página da Vodafone sobre o aditivo iPhone: "- São aplicados períodos de taxação de 10Kb."
@Fábio
ResponderEliminarPois, mas... isso não nos diz nada: "Taxação a 10Kb", refere-se a quê? Cada transmissão? Cada pedido? Por cada X tempo?
São informações que não vejo explicadas em lado nenhum, e que não esclarecem em nada as dúvidas dos clientes e consumidores.
Nas chamadas de voz é claro: períodos de X segundos, e pronto.
Agora, períodos de "tamanho", não faz qualquer sentido, a não ser que seja explicado como/quando se aplicam.
Num caso reduzido à simplicidade: imagina que mandas um único tweet, de 140 bytes. Será cobrado 10Kb por essa transmissão?
E se mandares dois seguidos? E se forem separados por 30 segundos? ou 10 minutos? ou 1 hora?
Esses "períodos" de dados não fazem qualquer sentido, e servem apenas - digo eu - como desculpa para os operadores poderem "arrendondar" a conta conforme lhes der jeito.
Num caso extremo (e meramente teórico), um plano de 500MB de dados poderá reduzir-se a meros 50KB de dados efectivos! (onde cada byte seria taxado como se fossem 10KB.)
@ Carlos
ResponderEliminar"Num caso reduzido à simplicidade: imagina que mandas um único tweet, de 140 bytes. Será cobrado 10Kb por essa transmissão?"
Correcto, e o problema nem acho que esteja neste exemplo que deste. Há casos de taxação de 1024kb(tarifário banda larga Vodafone recarregavel - vita net plus) o que é um roubo.
No caso que deste se eu mando um tweet e gasto apenas 140 bytes com o seu envio e não gasto mais dados se acabo com a ligação que está estabelecida acabei de gastar não 140 bytes mas sim 1024 KB do meu plano mensal de dados. :)
Outra situação é os planos pré-pagos.. no caso da Optimus são taxados aos 15 min de cada vez. Ora portanto se ligar a internet 4 vezes gastou-se uma hora nem que a use só durante 2 min de cada vez... O que é absolutamente estúpido paga-se por aquilo que não se usa..
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