Como se não chegasse a "polémica" que rodeia a existência de anti-virus nos PCs (que muitos vêm como absolutamente necessários; outros que os olham com desdém como sendo gastadores de recursos que deviam ser exterminados; outros que culpam os sistemas operativos por não serem suficientemente seguros; e ainda outros que pensam que são as próprias empresas de segurança que incentivam a criação de vírus para justificarem os seus produtos)... eis que este agora parecem interessados em se expandir para... os automóveis.
Com os automóveis a serem cada vez mais "computadores sobre rodas", não é segredo nenhum que alguns dos seus componentes serão vulneráveis a ataques. E se até ao momento isso é algo bastante difícil de executar, obrigando a que os "hackers" tenham acesso físico directo ao veículo - não é complicado imaginar que em breve se tornará bem mais fácil, à medida que os automóveis vão ficando mais ligados ao mundo.
No mundo dos sistemas embedded, a segurança nem sempre é a que seria desejável (como o recente caso dos milhões de fechaduras electrónicas usadas em hoteis, e que são vulneráveis a ataques), porque em muitos casos os seus criadores nem contemplam a hipótese de alguém querer "interferir" com o equipamento. Mas, como em tudo... haverá sempre alguns curiosos que o farão... e cujas descobertas depois podem ser utilizadas e abusadas por outras pessoas com intenções bem mais maliciosas.
As potencialidades para ataques automobilísticos são imensas: imagine-se um automóvel que esteja infectado com um virus que trave a fundo quando estiver a viajar numa via rápida a mais de 120Km/h; ou outro que acelere quando detecta um veículo à sua frente através dos sensores de parqueamento automático. Cenários de pesadelo que deverão começar a sensibilizar os fabricantes de automóveis de que a segurança dos sistemas electrónicos existentes nos seus veículos é algo que deverão levar bem a sério.
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