2012/08/03

Pré-Pagos Não são Populares nos EUA... por Burrice?


Não será preciso dizer aos portugueses todas as vantagens dos planos pré-pagos, que por cá são bem populares e bem apreciados por todos. Mas nos EUA, a coisa é bem diferentes, e pelo que parece dizer neste artigo... tal deve-se apenas à burrice dos americanos?

Ao que parece, os americanos são incapazes de fazer contas, e deixam-se levar pelos atractivos preços subsidiados dos equipamentos - que tantas vezes causam acesas discussões e comparações com os nossos planos, deste lado do Atlântico.

Mas a verdade é que esses equipamentos a "baixo preço" acabam inevitavelmente por ficar mais caros, quando se adiciona o preço da mensalidade que será pago ao longo dos 24 meses seguintes. E que no exemplo dado, faz com que um iPhone de "$200" venha a custar $2,360 ao final de dois anos de mensalidade de $90; enquanto que quem optar por um plano pré-pago e comprar o iPhone ao preço total ($650), poderá optar por uma mensalidade de $30 (com dados ilimitados) e que no final dos dois anos se fica por apenas $1,370 - cerca de metade do custo do outro plano.

No entanto, dizem que os americanos preferem a "ilusão" dos equipamentos a baixo preço, e que lhes parece inconcebível pagar o preço total por um equipamento... Sendo que, tal como acontece com as empresas que oferecem crédito, as "suaves prestações" acabam por ser uma ilusão que no final sai bem mais caro do que uma compra que "doi" mais logo no início.

Eu só pergunto: será assim tão difícil fazer as contas? Ou será mesmo que se justifica alguém dizer que não pode pagar $650... mas que no final dos dois anos gastou mais $1000 que poderia ter poupado?

21 comentários:

  1. Claro que os "velhos" como eu, sempre dissemos que os do lado de lá, são burros,e que quem puxa a arreata,são os europeus. Ainda que agora, já vão aparecendo lá outroscontinentais a ajudar os de cá, a segurar a soga. É normal naquelas bandas.:-) :-)

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  2. Acreditas MESMO neste argumento amigo Carlos? :o)
    Tudo depende do que queres fazer com o telemovel e com que frequencia queres mudar.

    Alem do mais, tanto quanto sei, nao compras aqui um iphone desbloqueado e, mesmo que arranjes um, tens de andar a cortar cartoes para por nele que os gajos nao te vendem um na operadora.

    Depois tambem ha vantagens nos planos de familia, dividindo minutos e mensagens por todos os membros da familia.

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    1. (grrr que isto no safari do iphone encrava)...

      Outra vantagem e nao te preocupares com teres de carregar. Esta sempre pronto a usar.

      Se acreditas no argumento de que nao sabem fazer contas, entao porque nao dizer porque e que os prepagos tem tanto sucesso em Portugal? Porque o pessoal e alto teso e da calotes as empresas, pelo que e mais vantajoso aos proprios operadores usarem prepagos.

      Se reparares vais ver que quanto mais pobre o pais, menos sucesso contratos tem porque o pessoal nao paga!

      Estes gajos nem sequer toques dao uns aos outros e nao percebem porque os usamos. Acham que e alguem a fazer uma brincadeira...

      P.s. ja sabias que ia comentar, nao ja? Lol

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    2. Podem haver as justificações todas que quiseres... mas no caso concreto, o homem aponta dois planos (supostamente) equivalentes, e onde o custo total - no final dos 2 anos - fica quase ao dobro do outro.

      Mas, claro que poderá haver casos em que os planos sejam mais vantajosos (eu próprio uso um, que é o que me fica mais barato para o que pretendo! :)

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  3. Mas se os pre-pagos lá também não têm telemóveis bons é normal que se escolha os contratos. Se queres um iphone ou um Samsung top de gama. E só estão disponíveis com contrato, qual seria a vossa escolha?

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Acho que lhe faltam dados sobre o mercado de telecomunicações americano. No serviço pré-pago, paga todas as chamadas. Se faz chamadas e estas não são atendidas, paga. Se recebe chamadas, paga. Se não atende as chamadas, paga. O mesmo se aplica às SMS, MMS. Um carregamento de 25 dólares em média dura 2 a 3 semanas (falo por experiência própria), pelo que ter um plano se torna mais económico.
    Confirme a informação, no seguinte link:
    http://www.att.com/shop/wireless/plans/prepaidplans.html

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    1. @Chloé

      Claro que cada caso é um caso, e cada pessoa terá de (ou no minímo deverá) fazer as suas próprias contas, consoante o tipo de uso que for dar ao aparelho.

      Mas, isso não invalida que - na esmagadora maioria dos casos - os planos com equipamentos subsidiados, fiquem bastante mais caros que a opção alternativa, de comprar o equipamento pelo valor total, e arranjar o "plano ideal" à sua medida sem limitações ou compromissos contratuais.

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  6. Anónimo4/8/12 09:10

    Primeiro gostava de salientar algo que me faz muita confusão há imenso tempo (nada relativo ao Carlos, porque toda a gente faz isso), que é chamarem às pessoas dos estados unidos da américa de americanos: Uma pessoa dos estados unidos é estadunidense, e nao (só) americano, porque esses são os canadianos, mexicanos, brasileiros, etc. :-) Eles são em geral muito boa gente (conheço muitos) mas muito particulares, em geral um pouco em estado "maníaco" e nao olham muito para contas, mas sim o aqui e agora. As telecomunicações nos EUA são populares com contratos porque eles nao se querem dar ao trabalho de ir carregando, nem se preocuparem com mais nada (controlo de custos, etc) e ainda assim poderem ir trocando de telefone mais rapidamente. Na Europa podemos nao ter LTE com forca mas as telecomunicações nada devem aos EUA, acreditem. Em Portugal em especial, temos telecomunicações de topo, ainda que pensemos o contrario. Acreditem que em velocidade de internet, 3G, LTE somos dos melhores do mundo, e o preço nao é nada elevado. É elevado sim porque o comum do tuga ganha pouco, mas comparativamente ao "mundo" a esse nível estamos muito (MUITO) acima da media.

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    1. Em portugal o correcto é norte americano, estaduninense é brasileiro, uma das poucas vezes que os brasileiros colocam uma designação mais correcto que nós.

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  7. Viva

    Off topic

    Então não deveria ser "estadunidenseamericanonortenho"? :)

    Pronto, ok, eu saio --> []

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    1. Devia, daí ter dito que a designação brasileira ser melhor que a portuguesa. :P

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  8. A meu ver "estado-unidense" é o que está mais correcto e vem em qualquer bom dicionário de língua portuguesa, quer do Brasil, quer de Portugal.
    Mas a culpa disto é em parte dos próprios estado-unidenses que começaram a chamar-se a si próprios simplesmente "americans" e conseguiram impôr esse termo quase ao mundo todo.

    Quanto aos pré-pagos não serem populares nos EUA, é uma questão de rendimento médio. Se forem a ver os países com rendimento médio per capita mais baixo são os que mais usam sistemas de carregamento prévio. Nos países mais ricos o sistema de assinatura com mensalidade é o mais difundido. Tem tudo que ver com a valorização das coisas. Um estado-unidense não se importa de pagar um pouco mais por um contrato de assinatura porque esse valor a mais é aceitável para o conforto que tem ao evitar ter que andar a controlar o saldo e a carregar cartões no banco online.
    Não podemos ser radicais. Se o sistema de carregamento fosse assim tão bom então também andávamos a carregar o "cartão" do fornecedor de água e de energia eléctrica, por exemplo.

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    1. Quando "um pouco mais" se aproxima do dobro... acho que já não é assim tão pouco.

      O que está em questão nem é ser o pós-pago/pré-pago, mas simplesmente fazer as contas para o chamado "TCO" (Total Cost of Ownership)... ou seja, o custo *real* e *total* que um equipamento representa ao fim de X tempo de uso.

      Ainda me lembro perfeitamente de, quando comprei o meu primeiro iPhone, ter feito no balcão - no proprio momento da venda - as contas para ver o que me compensava mais (com base do período de fidelização). E o iPhone "barato", ficava mais caro no final dos 24 meses - fazendo-se a conta ao total gasto. E isto tendo por base exactamente o mesmo tarifário.

      Encontrei o post: não foi o "dobro", mas poupei 160€. :) (E neste caso foi entre pós-pago e pós-pago, demonstrando que não é só com os pré-pagos que se pode poupar).

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    2. Anónimo4/8/12 17:02

      Nem mais. No pais onde resido há uma revista que compara todos os meses ps. Planos Pós-pagos + telemóvel BLOQUEADO vs. Pre-pago + telemóvel DESBLOQUEADO. Em 99% dos casos o pre-pago e telemóvel desbloqueado saem mais baratos logo no primeiro ano de contrato, e no segundo ano nem falemos, com diferenças que chegam a ser de 200-250 euros ao final de dois anos, isto sem falar que temos um telemóvel desbloqueado desde o primeiro dia, e nao limitado aos updates da operadora. É uma questão de verem o que é melhor para cada um (visto que no segundo caso temos que avançar logo com o dinheiro todo do aparelho), mas os pre-pagos já quase nao têm desvantagens. E caso venham com a conversa de nao quererem ir carregando, ou poderem ficar sem saldo a meio duma conversa, basta carregarem logo um valor elevado (tipo 60-100 euros) que deve chegar-vos para vários meses sem preocupações.

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  9. Gostei da apreciação do AJM, que pōe a hipótese de ser possivel pagarmos a energia ou a água com carregamento "pré pago". Só acho que não devemos "levantar a lebre", porque com a falta de "guita" que há, ainda aparece algum iluminado a tramarnos mais a vida. Fechemos os ouvidos. Ok?

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  10. Carlos há um promenor que não tomaste em conta.

    Poucas são as redes americanas com pre-pagos e as que tem não tem grande cobertura. Nos EUA a cobertura não tem nada a ver com a da Europa Há muitas zonas sem cobertura ou com apenas uma rede especifica.

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    1. Anónimo4/8/12 16:22

      A cobertura e velocidade real nos EUA é de rir fora de qualquer grande cidade, nesse sentido a Europa (e em especial Portugal, Espanha, Reino Unido, etc) está a milhas de distancia. O LTE nos EUA é mais um golpe de marketing e vender mais uns planos e telemóveis, porque se avaliarem a disponibilidade do LTE e velocidades reais fora do centro duma cidade, vão ver que qualquer cobertura HSDPA portuguesa numa cidade pequena ganha-lhes a brincar, tanto em velocidade como estabilidade. Posso dizer que tenho que viajar imenso pela europa, e Portugal e Espanha a esse nível são fenomenais, ficando claramente à frente da Alemanha. Suíça, Itália, etc.

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    2. Tens toda a razao, fora das cidades e grandes centros populacionais, as velocidades sao miseraveis.
      No entanto, toma em consideracao o tamanho do territorio Americano e as zonas que tem populacao:
      http://www.census.gov/popest/data/maps/2011/CBSA-Fig1a_2011.html

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  11. Anónimo4/8/12 16:15

    É um pouco de tudo. Nao tem haver directamente com o rendimento dos estadunidenses, é mais de que quando o rendimento é pouco tipo portugueses estes têm que cortar em tudo, mas no caso dos estadunidenses é mesmo falta de vontade de fazer contas. Em qualquer pais há pessoas em que o contrato compensa muito, e outros em que nao compensa nada, dai haver ofertas pre e pôs-pago, coisa pouco comum nos EUA devido a esse estilo de vida à grande, já característico (nao é uma critica, é uma constatação). O que me parece abuso é....abusarem desse estilo de vida, porque quando "seca a fonte" lá há uma manipulação financeira à bruta que deixa outros países (Europa e afins) de cangalha, ou uma guerrita em busca de petróleo ou gás natural (curiosamente a esmagadora maioria dos países que "precisam de ordem ou ajuda dos EUA" têm estas matérias primas, o resto estilo África e afins, que ajudem as missões humanitárias ou a Europa...e esta hein? Curioso... :-P)

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    1. Certo...certo... :o)
      Gostava que pusesses ca dados concretos para comprovar isso que disseste (sobre a esmagadora maioria dos paises que "precisam de ordem ou ajuda dos EUA" tem estas materias primas).

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