LCD Reflectivo com Brilho e Cores Expandidas

Um dos grandes responsáveis pelo consumo nos smartphones e tablets é o ecrã. Mesmo os AMOLED que prometem maiores eficiências, não conseguem competir com os LCDs quando se trata de mostrar imagens maioritariamente com os pixeis "a branco". E no caso dos LCDs, esse consumo advém não da cor dos pixeis que exibem, mas sim da iluminação que é necessária por trás dos mesmos (ou na borda, no caso dos LCDs edge-lit). Se já tiverem esquecidos relembro que aqui já mostramos como funciona um LCD.

No entanto, há outros tipos de LCD que dispensam inteiramente essa gastadora fonte de luz, recorrendo apenas à luz ambiente para produzir as imagens: são os chamados LCD reflectivos. Infelizmente, este tipo de LCDs sofre de alguns problemas como pouco contraste e reprodução bastante pobre das cores.

Mas agora, a Japan Display diz ter desenvolvido um LCD reflectivo com um película de controlo de luz, que consegue aumentar a eficiência da luz reflectida, e assim gerar imagens mais brilhantes e com cores mais atractivas.

Numa versão já pronta para produção, estes ecrãs têm uma reflectividade de 40%, com 5% de gama de cores NTSC; numa versão preliminar, têm outro modelo que já consegue atingir 36% da gama de cores, mas com uma reflectividade de apenas 28% que o torna "mais escuro".

A vantagem destes ecrãs face ao eInk é que, embora estas imagens continuam a parecer estar impressas em papel, são capazes de mostrar vídeo ou quaisquer outros conteúdos sem problemas de velocidade de desenhar/apagar. Para além disso contam com um sistema "Memory in Pixels", onde cada pixel é capaz de manter o seu estado sem necessitar de refrescamentos constantes: ou seja, uma imagem estática pode ser mantida usando poucos miliwatts. Ou seja... ideais para aplicações tipo eBook readers, mas que ao mesmo tempo podem ser usados para mostrar vídeos e cores, e também funcionar mesmo no exterior à luz do sol.

... Esperemos que rapidamente alguém pegue nestes ecrãs... um Google Ebook reader para competir com o Kindle? (Já que a Amazon se expandiu para os tablets usando o Android, não seria justo que o Google retribuisse na mesma moeda, entrando no mercado dos eBooks e do Kindle? :)