O project Glass do Google poderá parecer ainda demasiado futurista, mas a empresa vai acelerando o passo para o o trazer para o mercado e disponível para todos os que o quiserem comprar. E sinal disso mesmo é a divulgação da lista de características técnicas que podemos encontrar nestes óculos digitais:
- Construção resistente e ajustável a todos os rostos (e apoios para o nariz em dois tamanhos)
- Ecrã de "alta-resolução" (640 x 360) equivalente a um ecrã de 25" (63cm) a 2.4m de distância
- Câmara de 5MP (vídeo a 720p)
- Som por transmissão craniana (vibração)
- Wifi - 802.11b/g + Bluetooth
- 16GB de Flash (12GB livres) sincronizados com espaço na cloud do Google
- Autonomia: 1 dia de uso "normal" (mas avisando que hangouts e gravação de vídeo são mais "intensivos" - leia-se: comerão a bateria num instante! ;)
- Carregador via micro USB com carregador incluido (o Google recomenda a utilização do carregador oficial... terá alguma capacidade especial?)
- Compatível com todos os smartphones Bluetooth
A App MyGlass para Android funciona em aparelhos com Android 4.0.3 ou mais recentes e permite o acesso ao GPS e mensagens SMS. (Não sei porque motivo o Google acha que o pessoal fora dos EUA não irá arranjar forma de conseguir uns Glass... a App está por agora limitada apenas aos EUA.)
Falta agora saber quando é que o Glass ficará disponível publicamente, e a que preço.
... Se eu quisesse ser mauzinho, a resposta era fácil: fazer a apresentação no mesmo dia em que a Apple fosse revelar o seu próximo iPhone.... e - mais importante ainda - colocava-o a um preço de $499 para realmente se tornar num fenómeno global.
Mas para quem apanhar um Google Glass nesta primeira fase, preparem-se para ter que seguir um conjunto de regras que poderão parecer um pouco abusivas. Por exemplo, se pensavam fazer negócio e revender os vossos Glass no ebay assim que os recebessem, para um lucro fácil (que não seria difícil), esqueçam!
O Google deixa bem claro que não poderão vender, emprestar, ou sequer oferecer o Glass a qualquer outra pessoa sem autorização deles; sob pena do mesmo poder ser desactivado remotamente pelo Google sem direito a qualquer compensação.
Condições que poderão levantar algumas questões quanto ao tipo de dados que serão usados para detectar essas potenciais infracções: será que o Google dará uso aos dados do Latitude, que já lhe permitem conhecer o nosso histórico de movimentações; para detectar que o emprestamos a alguém que mora, e dorme noutro local? Ou será que vai mais longe e cria um perfil do tipo de movimentos e voz de um utilizador, para detectar quando se trata de outra pessoa?
... São questões que certamente farão soar alarmes em todos aqueles que se preocupam com a sua privacidade, e que deveriam ser explicadas de forma bem clara pelo Google. Pois como é costume; se isto é tecnologia que agradecemos que exista - por exemplo, no caso de alguém roubar os nossos aparelhos e quisermos identificá-los ou localizá-los - será sempre uma linha ténue que separará essa funcionalidade da potencial tentação de que seja usada de forma abusiva.
Se com os smartphones e telemóveis podemos dizer que grande parte da privacidade já se foi (as empresas sabem por onde andamos, podemos tirar fotos geolocalizadas que em muitos casos são enviadas automaticamente para a "cloud", etc.) com a chegada do Glass arrisco-me a dizer que isso ficará mais claro que nunca.
Dizem que a resolução do ecrã é de 640×360.
ResponderEliminarCarlos, a resolução encontra-se aqui https://developers.google.com/glass/ui-guidelines e é
ResponderEliminarQuick Reference
Here is a brief list of the specs to guide your development:
Screen aspect ratio
16x9
Screen resolution
640 x 360 pixels
Não alcanço o teu entusiasmo por esta coisa.
ResponderEliminarSe for a esquiar (faz de conta) ou a andar na montanha russa (aqui é que é mesmo faz de conta) posso filmar com o Google Glass sem precisar de mãos !
Até aposto que o raio dos óculos caem. Vá lá que não caiam, mas faz-se o quê ao raio da coisa o resto do tempo ?
... Agora fizeste-me lembrar todos aqueles que disseram coisas idênticas de uma tal coisa chamada iPad. :)
EliminarUm equipamento como o Glass muda completamente o paradigma de utilização e interacção com as máquinas. Não andas pela rua ou estás no café sentado de cabeça virada para baixo, com uma mão a segurar no smartphone e a outra a tocar no ecrã. Podes ver as notícias sem teres que te atrapalhar por estares a carregar as compras, ou a abrir a porta de casa, ou até com o braço engessado...
Acredito que é o tipo de coisa que poderá - daqui por uns anos, na 2ª ou 3ª geração de evoluções daqui decorrentes - fazer com que todos achemos "lógico" que a coisa teria que evoluir por este caminho; da mesma forma que hoje todos acham "lógico" que os smartphones não tenham botões. (E no entanto... relembra-te do quanto a Apple foi ridicularizada por se aventurar a lançar um tal de iPhone sem teclas e com um único botão).
A do braço engessado está bem pensada ("cruzes, canhoto")
EliminarO problema é que parti o braço porque caí por causa do Google Glass. Trazia os sacos das compras, não vi onde punha os pés porque vinha a ver as notícias no Google Glass e catrapus.
Agora com o braço engessado não consigo ajeitar os óculos Google Glass, que me estão sempre a cair. Também, com o pôr e tirar nunca sei onde os deixei. Ainda por cima uso óculos graduados, uns de ver ao perto, uns de ver ao longe transparentes e uns de ver ao longe escuros e não há maneira de usar o Google Glass com os três. Se fosse só um par a coisa resolvia-se.
P.S. Dos exemplos que dás, se a coisa for para a frente, a tentação de usar o Google Glass a conduzir vai ser mais que muita. Comparado com isso, falar ao telemóvel a conduzir são amendoins.
Vê pelo lado positivo, se te "matares" a conduzir com os Glass, fica o registo para a posteridade imortalizado na cloud! :)
EliminarNão há perigo, o Gaspar não me deixa dinheiro para comprar mais nenhum Google Glass.
EliminarO par que eu tinha enviei-lho.