A Panasonic tem um novo General Manager para Portugal, e fomos convidados para trocar umas palavras com ele numa reunião informal para ficarmos a par dos planos da marca e dos objectivos para o nosso país. O Luis Costa conta-nos como foi.
A Panasonic é uma daquelas marcas "implícitas" na vida de qualquer pessoa. Este gigante japonês tem sofrido várias mutações ao longo das décadas, mas de uma forma ou de outra está sempre perto de nós. Dos televisores (quarto maior fabricante mundial) às câmaras de vídeo, passando pela alta-fidelidade e instrumentos musicais com a Technics e por equipamentos destinados à indústria aeronáutica, automóvel (incluindo baterias para os carros eléctricos), e outras... parece não haver nada em que a Panasonic não esteja metida. Tivemos oportunidade de trocar umas palavras com o seu novo General Manager para Portugal: Luís Caldas.
Luís Caldas tem 39 anos, é licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico. Passou por empresas como o grupo Sonae Distribuição, AKI e Associação Industrial Portuguesa, onde exerceu cargos de direcção.
O objectivo estabelecido pela empresa é claro: chegar ao terceiro lugar nas vendas de electrónica de consumo (actualmente ocupa a quinta posição). Para isso contam com a sua aposta na inovação onde as patentes registadas são um forte indicador dos objectivos da empresa e onde os 7% que são investidos parecem estar a dar frutos.
A Panasonic tem um vasto leque de produtos e serviços desde o consumo, componentes (e máquinas para indústria) e energia, onde tem grande peso nas baterias para os carros eléctricos. Grande parte dos produtos de consumo (cerca de 800) está presente em Portugal.
No último ano de facturação tiveram um crescimento de 27%, ao qual não terá sido alheio ao facto de a marca ter passado a controlar directamente o negócio em Portugal. (Para referência a Europa representa 10% da facturação global).
O mercado de televisão representa 70% do volume de negócio, com os ecrãs de plasma a terem perdido a importância que tinham noutros tempos; por isso não é de estranhar a retirada da marca neste sector. No áudio e vídeo, irão aproveitar o conhecimento adquirido. A fotografia representa 15%, onde a Lumix ainda não atingiu os níveis desejados. A marca vai apostar no crescimento neste segmento, através da ligação da marca Lumix à Panasonic.
A linha branca será também uma das áreas que irá receber maior atenção. A aquisição de fábricas é um sinal claro da estratégia da marca para a linha de frio, máquina lavar e pequenos domésticos. O objectivo é chegar aos 20% de facturação. As preocupações energéticas não foram esquecidas e a Panasonic pretende chegar aos 80% de produtos com classe A+ ou superior.
Telefones DECT e iluminação LED são outras das áreas onde a empresa tem grandes expectativas. Está para muito breve a apresentação de um novo telefone com Android que será um equipamento móvel no exterior, passando a fixo a quando da chegada a casa.
São sem dúvida objectivos ambiciosos; mas é precisamente isso que é necessário para se conseguir sobreviver no mercado concorrencial em que vivemos. Pela nossa parte cá estaremos para vos apresentar todos os novos produtos e equipamentos que a Panasonic lançar no nosso país e que se enquadrem na temática do que vos traz diariamente ao Aberto até de Madrugada.
A Panasonic devia ter feito grandes campanhas de demonstração dos seus TV Plasma em condições ideais, logisticamente podia ser complicado ter uma sala escura, mas certamente quem visse a diferença não ficava indiferente, pois em condições de pouca luz, que é o que normalmente temos em casa, nenhuma TV LED/LCD consegue chegar à qualidade de imagem de um Plasma, mas as TV's expostas nas grandes superfícies estão sempre com muita luz em cima para enganar o cliente, pois em casa regra geral ninguém tem holofotes a apontar para a TV...
ResponderEliminarPara mim, e para muita gente entendida, a Panasonic era o líder em qualidade de imagem nas TV's precisamente pela sua gama dos Plasma, mas agora que vão acabar brevemente com a produção de Plasmas deixam de ter este destaque, pois duvido que consigam o mesmo destaque com a futura tecnologia OLED.
Tenho pena da falta de consideração que os Plasma têm tido nos últimos anos em Portugal, ao ponto de ultimamente a maior parte das vezes nem estarem expostos ao lado dos outros LCD/LED.
Penso que o consumo dos mesmos terá tido grande impacto na decisão.
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