Numa altura em que muitas pessoas começam a torcer o nariz a smartphones que não tenham uma resolução Full HD (1920x1080 pixeis), idêntica à que têm nos seus televisores de 50 ou 60", poderá interessar relembrar o extremo oposto... de qual seria o mínimo indispensável para nos transmitir informação sobre imagens em movimento. Este projecto D.I.G.I.T. torna-se interessante... por não recorrer a um ecrã tradicional, mas usar pequenos dígitos de mostradores numéricos LED de sete segmentos (idênticos aos dos relógios digitais "pré-pixeis").
Para mim, é um projecto que me atira para os tempos em que olhava para os computadores como verdadeiras caixas mágicas, e onde um teclado era algo apenas ao alcance de "cientistas" que sabiam em que teclas carregar para movimentar um cursor piscante (num monitor de fósforo verde, pois claro). Um tempo também em que o último grito da tecnologia eram as impressoras matriciais que "mastigavam" papel perfurado em grande velocidade... e que mesmo apenas podendo imprimir caracteres ASCII, exibiam já os seus dotes artísticos. Ainda me recordo como se fosse hoje quando me deram um Asteríx impresso em papel perfurado A3 em "ASCII ART".
Hoje em dia, em que qualquer pessoa pode ter em casa impressoras capazes de imprimir fotos de alta-qualidade, não passarão de memórias de tempos "pré-históricos". Mas... relembrar-nos também a incrível capacidade que o nosso cérebro tem em interpretar e identificar coisas mesmo tendo apenas uma reduzida quantidade de informação disponível.
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