Se acreditarmos nos operadores de telecomunicações, temos excelentes coberturas 4G em "todo o lado" e chegando à grande maioria da população. Mas infelizmente o panorama real é por vezes bastante diferente, quer por força das circunstâncias, quer por cobertura deficiente. Nos EUA, a entidade reguladora (FCC) vai pedir a ajuda de todos para criar um mapa real da cobertura dos operadores.
Sabendo-se que grande parte da população anda com um smartphone no bolso, são milhões de "sensores" em potencial que poderão registar a força do sinal das redes celulares, e posteriormente enviá-las para a FCC para que possa ser criado um mapa representativo do sinal real que se obtém. É um projecto que bem poderia/deveria ser replicado por cá... caso tivéssemos uma entidade idêntica que realmente fizesse algo em vez de se lamentar continuamente que todo o tipo de assuntos com que são abordados "não são da sua competência".
Por exemplo, no meu local de trabalho, embora indique que tenho 2 a 3 "tracinhos" de rede, é praticamente impossível conseguir fazer uma chamada, sendo que em muitos casos quem me tenta ligar é enviado directamente para o voicemail (e eu recebendo imediatamente um SMS a avisar que me tentaram ligar.)
Felizmente, a minha dependência nas chamadas de voz actualmente é praticamente nula, pelo que isto apenas me incomoda nos ocasionais telefonemas que recebo (que também são poucos). De qualquer modo bem que serviria como exemplo de que as nossas excelentes redes apenas são excelentes nalguns pontos.
... Se eu fosse radical, até sugeria que se invertesse o processo: em vez de uma zona ser considerada "4G" caso tenha algum local onde em circunstâncias ideais é possível obter essa ligação; que tal se as zonas fossem marcadas em função do "pior cenário possível". Ou seja, o sinal que seria possível obter realmente, dentro de casas, em caves, e todos os demais sítios complicados existentes. Aí sim, as pessoas poderiam avaliar realmente o que se tem. E daí que projectos como este que a FCC norte-americana quer fazer, me pareçam extremamente importantes para se ficar com um mapa real da cobertura num país.
Cara ANACOM... poderemos contar com alguma coisa deste tipo para breve - ou será que novamente é algo que foge ao âmbito das vossas competências?
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