2014/03/11

iFarmácias - um portal e app para encontrares medicamentos ao melhor preço


Se alguma vez já foram a correr a uma farmácia para descobrirem que o medicamente que precisavam afinal não estava disponível, vão gostar de ficar a conhecer este iFarmacias - um portal web e app para Android que permitirá não só saber se cada farmácia tem o medicamento que procuram, como também o seu preço.



O iFarmacias será útil para evitar viagens desnecessárias e também confirmar se o medicamente que precisam está mais caro ou mais barato em diferentes farmácias; mas oferece também um conjunto mais alargado de funcionalidades. Os utilizadores poderão usar o serviço para controlar os medicamentos de outros membros da família (facilitando a gestão dos medicamentos de pessoas com doenças crónicas), e também registar a evolução do peso, tensão, colestrol, etc. - dados que poderão até ser partilhados com os médicos caso dêem permissão para isso. Aliás, também os médicos poderão ser notificados de que os medicamentos receitados a um paciente estão prestes a terminar, para que eles possam dar continuidade ao tratamento caso seja necessário.

Infelizmente, por agora o número de farmácias integradas neste iFarmacias é bastante reduzido, limitando-se a uma meia-dúzia de farmácias na zona centro do país (a maioria em Lisboa). Mas se/quando este iFarmacias começar a apresentar uma maior quantidade de farmácias... não deixará de ser uma opção bem interessante para ajudar todos os que necessitem de medicamentos.

13 comentários:

  1. "Infelizmente, por agora o número de farmácias integradas neste iFarmacias é bastante reduzido". Não admira, se for preciso indicar os medicamentos em stock. Podem pensar "O cliente vê que não temos o medicamento que pretende já cá não vem". O que as farmácias pretendem é "Entre, não temos mas encomendamos, volte cá à tarde para vir buscar". Isto as que têm crédito para encomendar.

    Por isso não sei se o iFarmácias vai ter muita saída.

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  2. Qual é o modelo de negócio? Vão minar os dados dos utilizadores que se registam no site?
    É que eu não sei se confio numa empresa chamada Health Link Internacional, LTD, com sede na Rua Tsanko Tserkovski, n.º33, em Sofia, na República da Bulgária, conforme diz o contrato...
    Ah, e pelos vistos o serviço é só gratuito durante 3 meses.

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  3. Duvido que a cnpd dê aval positivo a isto. Uma vez que nem às farmácias, mesmo com consentimento do utente, é permitido criar uma base de dados central com os medicamentos que ele utiliza, a fim de evitar interacções quando se dirige a farmácias diferentes.

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  4. Enquanto profissional de saúde não tenho dúvida de que esta possa vir a tornar-se uma ferramenta útil e benéfica para os utentes. Resta saber se o interesse económico do lobby farmacêutico vai permitir a distribuição de informação tão valiosa como o preço ao cêntimo dos medicamentos, permitindo ao utente encontrar o medicamento mais barato e a farmácia capaz de o dispensar.

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  6. Útil e benéfico para os utentes era os profissionais de saúde como o Francisco M. deixarem de levantar suspeitas infundadas e teorias da conspiração sobre os seus colegas, também profissionais de saúde, causando assim desconfianças que não beneficiam nem a saúde dos portugueses nem a confiança nos seus profissionais e instituições como um todo.

    "Distribuição de informação tão valiosa como o preço dos medicamentos" lol parabéns, saiu-lhe o euromilhões.

    Só pelo site do infarmed pode pesquisar em 3 páginas diferentes:
    http://www.infarmed.pt/genericos/pesquisamg/pesquisaMG.php
    ou
    http://www.infarmed.pt/infomed/pesquisa.php
    ou
    http://www.infarmed.pt/prontuario/index.php
    até o site da deco tem
    http://www.deco.proteste.pt/saude/medicamentos/simule-e-poupe/medicamentos-genericos-mais-baratos
    se preferir android ou iOS também se arranja uma app específica para isso:
    https://play.google.com/store/apps/details?id=com.codepixel.infarmedAndroid
    Mas nem precisa de ir mais longe, na guia de tratamentos que acompanha a receita médica está, embora muitas vezes errada, sempre disponível informação sobre o preço dos medicamentos.

    Será que se pode obter em algum lado, informação sobre o preço da "profissão de saúde" que o senhor Francisco M. desempenha?

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  7. Eu também sou profissional de saúde (enfermeiro) e a ideia parece-me em principio boa. É certo que Azrael tem razão sobre os perigos dos N/ dados de saúde andarem nas mãos de sabe-se lá quem. Mas também existem benefícios nestes sistemas de PHR que se estão a disseminar por todo o mundo (eu por exemplo uso muito para os meus doente diabéticos os registos electrónicos). Todos sabemos que os medicamentos mais baratos são os mais difíceis de encontrar, pois não convém à industria vende-los em Portugal ao preço imposto pelo governo, preferindo antes exportar os mesmos medicamentos para o norte da Europa ou Palops a preços muito superiores. Duvido que este projecto consiga sobreviver por causa dos interesses fortíssimos que estão aqui a ser atacados. Se os doentes realmente passarem a conseguir comprar estes medicamentos as Farmácias e a Industria só tem a perder ...

    Quanto a este chavão "levantar suspeitas infundadas e teorias da conspiração sobre os seus colegas, também profissionais de saúde, causando assim desconfianças que não beneficiam nem a saúde dos portugueses nem a confiança nos seus profissionais e instituições como um todo." ...

    Tem sido vários os exemplos na comunicação social que me fazem pensar que os cidadãos portugueses devam fazer exactamente o contrário. Afinal de contas, quanto a meu ver, temos um sistema de saúde de caca. Vários dias se vê nos jornais casos de doentes que morrem por não serem acudidos a tempo, doentes oncológicos sem medicação, fraudes na saúde envolvendo médicos e farmacêuticos... etc etc

    O Sr. Azrael se for ao seu perfil vê que está lá "Anonimato. Se estão a tentar descobrir quem eu sou, poupem-se porque não vale a pena ;)" e que os os seus blogs são : "Impressões de um Boticário de Província
    A Botica"

    Não será o Sr. um proprietário de um destes "agentes" que só tem a perder ? ;)
    Vê que não é tão anónimo assim... o Sr. é proprietário de uma Farmácia da periferia e não gosta de vender os medicamentos baratos confesse lá ?! mas olhe que a D. Júlia também tem que pagar a renda e a electricidade ;)

    Resumindo: Na minha opinião devem-se pesar os riscos/benefícios que serviços deste género apresentam. Será que compensa ? Essa é a verdadeira questão.

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    1. Emanuel, o seu comentário parece fruto de algum ressabiamento.

      Começando pelo princípio, a "donzela em apuros" que parece vir defender disse que o preço ao cêntimo dos medicamentos é uma informação tão valiosa que existem forças ocultas que a querem manter secreta.

      Apenas demonstrei que a informação é tão secreta, tão secreta que até existem apps de smartphone e numerosos sites onde a pode obter, sem o mínimo esforço, como até vêm impressos juntamente com a receita médica.

      Refuta alguma coisa do que eu disse? Não. Em vez disso, por razões que desconheço mas imagino, opta por tentar descredibilizar-me.

      Julga que descobriu a pólvora ao consultar o meu perfil. Pensei que tinha ficado patente no meu post que eu era farmacêutico. Apenas gosto de manter o campo de jogo nivelado. Todos são anónimos neste sistema de comentários, mesmo você, com nome de utilizador Emanuel Vicente pode na verdade chamar-se Joana Silva que eu nunca saberei. Se os comentários aqui fossem com o sistema de comentários do G+ não teria problema nenhum, pois estaríamos todos ao mesmo nível.

      Não sou proprietário de nenhuma farmácia. Mas você assume que sou, e tal como o Francisco faz sobre os farmacêuticos, tenta levantar suspeitas infundadas sobre aquilo que presume que eu seja.

      De facto, mesmo que eu fosse proprietário de uma farmácia, continuaria a ser para mim risível ouvir alguém dizer que não gosto de vender os medicamentos baratos. Com efeito, tal como o senhor provavelmente não vê o lucro como bússola da sua actividade, também os farmacêuticos têm como principal preocupação a saúde e o alcance dos objectivos clínicos dos utentes. Mas mesmo que assim não fosse e os farmacêuticos fossem os monstros sem alma a quem apenas interessa o cifrão como parece pensar, estaria novamente errado.

      Como o senhor fala do que não sabe, eu explico: o mercado dos medicamentos não é, ao contrário do que parece pensar, igual ao mercado do arroz, dos computadores ou dos smartphones (ou da prestação de serviços de enfermagem, já agora). O mercado dos medicamentos rege-se por margens regressivas impostas pelo estado. Isto significa que quanto mais caro for o medicamento menos a farmácia ganha. Ao mesmo tempo, quanto mais barato, mais a farmácia ganha. Ao mesmo tempo, também o preço dos medicamentos é definido pelo estado.

      Não acha curioso terem sido as farmácias o principal promotor da utilização de medicamentos genéricos, muito mais económicos, em portugal? Não acha curioso os farmacêuticos perguntarem e incentivarem sempre à utilização do medicamento genérico?

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    3. Você diz que com esta aplicação as farmácias só têm a perder? Ridículo. Aparentemente acredita na velha ideia de que para uns ganharem outros têm que perder. Pode ser assim que, infelizmente, vê a sua actividade e, se calhar pensa que todas as outras são assim. Mas não é verdade. Não é verdade na tecnologia como Larry Page nos tem dito e demonstrado por várias vezes, não é verdade com a Apple e a Microsoft e não é verdade nas farmácias. Pois como lhe demonstro no parágrafo anterior, sempre que se vende um medicamento mais barato ganha a farmácia e ganha o utente.

      Nem no que concorda comigo acerta: "É certo que Azrael tem razão sobre os perigos dos N/ dados de saúde andarem nas mãos de sabe-se lá quem". Mas onde é que eu disse isto? Eu só disse que a CNPD tem um precedente relativamente a isto e portanto é provável que não permita. Não me manifestei a favor nem contra.

      Por fim, emitindo a minha opinião sobre a aplicação, de forma a não ser vitima de mais presunções do Emanuel, creio que é benéfico para o utente e para os farmacêuticos bem como para os médicos e enfermeiros a existência deste tipo de aplicações. Tudo porque provavelmente tornaria mais fácil o acompanhamento da correcta utilização do medicamento pelo utente. E isso significaria melhor saúde para todos que é o nosso principal objectivo.

      A segurança dos dados é um problema. Seria preferível ser uma base de dados central pública, a deter esses dados, preferencialmente a mesma onde são guardados os dados de prescrição, mas cada um sabe de si.

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  8. Relembro que deverão manter os comentários/discussões num tom "amigável", mesmo quando se esteja perantes opiniões diferentes da do próprio.

    Há que discutir (no bom sentido), mas sem que isso seja levado como ataque ou afronta pessoal. Para isso, bastará um salto a um site de jornais nacionais, ou de desporto, onde poderão "desabafar" tudo o que quiserem... ;)

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  9. Concordo, não foi minha intenção discutir pessoas mas sim ideias.

    Claro que se alguém profere falsidades (não é uma opinião, mas um facto comprovável pelos links que disponibilizei) sobre um suposto lobby farmacêutico, sendo eu farmacêutico, sinto-me na obrigação de repor a verdade, sem desabafos, apenas com factos.

    É absurdo discutir nas internets, mas em minha defesa, não fui eu que comecei por levantar suspeitas falsas sobre um grupo de profissionais dentro do qual me insiro :)

    Por mim o assunto está encerrado até porque já dei opinião sobre a aplicação que é o tema do post.

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