2014/07/18

Google vai deixar de chamar "gratuitos" a jogos com compras in-app


A questão "gramatical" é algo que tem dado bastante que falar por cá, e que também parece preocupar a UE  no que diz respeito aos jogos "gratuitos", que depois incentivam (ou praticamente obrigam) a que se façam compras adicionais.

Agora, o Google prepara-se para deixar de anunciar como gratuitos os jogos que ofereçam compras in-app; procurando dessa forma garantir que, quando um jogo é gratuito, seja mesmo gratuito.

É uma medida drástica, e que será injusta para todos aqueles que usam as compras in-app de forma sensata; mas que infelizmente se torna necessária devido aos abusos que outros cometem recorrendo a estas compras adicionais como autênticas formas de extorquir dinheiro dos utilizadores. Um jogo que nos deixe jogar gratuitamente, mas disponibilize compras adicionais para conteúdos exclusivos ou acelerar a progressão para quem o desejar fazer, não me choca minimamente; mas um jogo que se apresente como gratuito, e que ao fim de poucos minutos já começa a apresentar-nos "rondas esgotadas por hoje, clique aqui para comprar mais umas fichas por apenas €1,99", já me parece revelar as suas verdadeiras intenções.

Não sendo possível arranjar forma fácil de distinguir entre o uso justo ou abusivo destes sistemas; resta a solução drástica de separar o que é "100% gratuito" dos que escondem custos extra. É pena que os poucos escrúpulos de uns venham prejudicar aqueles que usavam as compras in-apps de forma ponderada... mas é a realidade em que vivemos.

4 comentários:

  1. Acho muito bem! A coisa que mais detesto é instalar uma app que penso que é grátis e depois tenho que fazer compras para minimamente a usar! Desinstalo logo...
    E para mim as gramática é muito importante. E desculpem quem não acha, mas isso é deixarmos as empresas controlarem a nossa maneira de ser. Antes era impensável isso acontecer... agora a pouco e pouco é normal, e depois é regra. Certo que temos autoridades responsáveis de protecção ao consumidor (ANACOM, ASAE), contudo, muitas campanhas enganosas passam-lhe ao lado...
    Dou sempre este exemplo: Um indígena da selva amazónica aparecer um dia no nosso país e ver estas campanhas. O que acham que ele irá entender? (ou então coloquem uma criança de tenra idade a ler estas campanhas...). Qual é a diferença entre estes exemplos e a nossa mente? É que nós todos os dias somos bombardeados com informação (muitas vezes enganosa) e a nossa mente é ensinada a ver o que nos querem mostrar.
    Exemplos:
    Antigamente era impensável o país estar assim (financeiramente e moralmente) e não ter havido já um governante morto ou uma guerra civil (atenção que a história prova isso), hoje estamos pacificados (atenção que não estou a dizer que seja mau) e não permitimos que a nossa mente imagine sequer a possibilidade de uma guerra civil!...
    Hoje é condenável para a maioria da população, existir alguém que fume num restaurante. À 15 anos era muito normal e habitual eu almoçar/jantar com alguém que fumasse.
    Desculpem esta seca de post, mas isto tudo é para dizer que existem situações que não devíamos permitir alguém comer as papas na nossa cabeça. E deixarmos que aquilo que era direito passar a dever...

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  2. Neste caso concordo em pleno com o post.

    Esta é uma medida drástica que prejudica app's, que usam as compras in app de forma bem intencionada, e como suporte ao criador da app. Mas também acredito que não houvesse grandes alternativas para "prejudicar" as mal intencionadas, em que a versão gratuita não é mais que um versão de teste ou pouco mais.

    Penso que a google poderia obrigar a incluir da descrição, e com alguma relevância, se a app tem compras in app, e se a app, e se essas compras são meramente opcionais, ou por outro lado, são necessárias para usar app sem limitações de tempo ou recursos.

    É calor que mesmo aqui poderiam mentir, mas essas mentiras poderiam ser denunciadas.

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  3. Nos meus tempos chamava-se shareware, ponto.

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    1. Shareware, freeware, giftware, beerware... havia de tudo. :)

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