Parecem restar cada vez menos dúvidas de que o Google parece ter mudado completamente de ideias quanto ao Google+ ser o seu núcleo central a "impingir" a todos os utilizadores, e agora segue o caminho diametralmente oposto: com o Google Photos a juntar-se aos recém "separados" Hangouts.
No caso dos Hangouts, por agora a coisa centrou-se apenas sobre os utilizadores empresariais de Google Apps, pelo que não se fez notar entre a maioria dos utilizadores convencionais. Mas caso esta nova separação do Google Photos do Google+ avance, parece-me ser impossível o Google não ter que vir a público explicar o seu novo rumo. Afinal... se há dois anos o Google+ foi apresentado como sendo o futuro da integração total do Google; o que mudou para que houvesse esta mudança radical de orientação?
Não que eu não compreenda esta decisão. Desde o início que critiquei a forma como o Google foi obrigando todos os utilizadores a saltarem para o Google+, quer quisessem quer não. E a isso somaram-se as críticas com a política de não permitirem a utilização de "nicks" (que entretanto também foi abandonada); a confusão que foi com a transição dos canais de YouTube para contas G+; e já nem refiro casos menos, mas igualmente entristecedores, como o fim do Google Latitude e a sua integração no G+ (fazendo com que uma app que eu usava quase diariamente passasse a algo que nunca mais usei).
Agora, parece que o Google também chegou a essa mesma conclusão: de que já tem um serviço que serve de "núcleo central" a todos os seus serviços... e que se chama Gmail. Era essa que deveria ter sido a sua grande aposta desde sempre. O Google+, que até tem muita coisa interessante, vai agora pagar pela arrogância com que o Google o tentou impor aos seus utilizadores. Se as coisas tivessem sido feitas de outra forma, talvez por esta altura o Google tivesse conquistado milhões de utilizadores activos do Google+ que teriam entrado nesse serviço por sua própria iniciativa. Da forma que o fez, apenas conseguiu fazer com que houvesse milhões de pessoas que definitivamente puseram de parte o Google+ por não terem gostado de a isso serem forçados.
Esta desagregação de serviços do Google+ parece-me ser um perfeito sinal de que o Google reconhece ter errado... e compreendido que já não há forma de reabilitar a sua reputação, optando por não deixar que essa sua "má fama" possa impedir que os utilizadores usem os seus outros serviços que até ao momento lhe estavam associados.
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