Não há lançamento que não dê origem a uma análise quanto ao custo de fabrico, e os iPhones 6 não são excepção. E, novamente se vê porque motivo a Apple, mesmo vendendo muitos milhões de unidades a menos que os concorrentes, detém a principal fatia dos lucros neste segmento.
Mesmo sabendo-se que os custos envolvidos no desenvolvimento de novos produtos atingem somas astronómicas (só a criação de um chip "feito à medida" como o A8 de 64 bits é coisa para custar umas centenas de milhões de dólares), é sempre interessante reduzir tudo isso ao simples "preço de custo"... e sonhar com a possibilidade destes fabricantes nos trazerem os seus produtos com margens reduzidas.
Segundo os analistas, o iPhone 6 custa entre $200 e $247 a ser produzido (dependendo da versão), enquanto que o 6 Plus tem um preço que vai dos $216 aos $263; traduzindo-se em margens de lucro médio de cerca de 70% (imagino que se refiram a preços antes de impostos, senão... de 999 euros para $263 dólares vão bem mais que 70% de lucro!) e que, diga-se, são superiores às das primeiras gerações de iPhones, pelo que a Apple ganha mais com cada venda actualmente do que fazia com os primeiros iPhones.
O que também podemos ver é que mais uma vez fica claro a disparidade com que os fabricantes se fazem cobrar pela memória adicional; sendo que a diferença entre ter 16 ou 128GB se cifra por uns reduzidos $47 dólares em termos de custo de fabrico... mas no preço final esse valor transforma-se em $200! (E ainda nem estamos a aplicar a taxa da cópia privada... :P)
Mesmo considerando que desta vez a Apple fez-nos "o favor" de deixar cair o modelo de 32GB... é de exigir que os fabricantes façam (muito) melhor. Mas para isso talvez seja melhor esperarmos pelo próximo Nexus ou que o OnePlus deixe de necessitar de convite para poder ser comprado.
Outra vez arroz?! Mas será que ninguém se dá ao trabalho de explicar a estes jornalistas da Re/Code da treta o que são margens de lucro? Haja quem lhes mitigue um pouco a ignorância!
ResponderEliminar(999 - 263) / 999 = 0,7367 x 100 = 73,7%. É a margem sobre o preço de venda, que é a mais usada contabilisticamente, porque depois ainda é preciso descontar as margens referentes a embalagem, transporte, licenciamento, etc, etc, etc.
ResponderEliminarCompra-se a peças e vê-se quanto custa, sabe-se qual é o preço de venda e a diferença é o lucro da Apple? E a margem de lucro é: (preço de venda - custo das peças) / preço de venda ?
ResponderEliminarÉ pá, estão a faltar aí uma porradaria de custos (suponho que, ao menos tenham tirado os impostos).
No custo de fabrico, admitindo que é a Apple que compra as componentes e admitindo que os preços de licenças de patentes e o transporte até ao local de montagem são por conta do vendedor, falta o que a Apple tem que pagar ao dono da fábrica de montagem.
Ao custo de fabrico faltam uma porradaria de custos afetados/imputados, desde a investigação e desenvolvimento aos custos administrativos (os custos de funcionamento da Apple, repartidos pelos produtos que fabrica, cabendo certamente a maior parte ao iPhone). Depois somam-se os custos de transporte e distribuição.
Ao preço de venda (sem impostos) há que subtrair a parte do vendedor, caso não seja a própria Apple.
Somando estes custos todos, a Apple tem uma margem de lucro à volta dos 30%. É uma boa margem. "Ah, mas tirando a Samsung os outros fabricantes de smartphones têm todos margens próximas de zero ou negativas, por isso a da Apple é excessiva!". Não é não, os fabricantes Android+Nokia é que se andam a devorar com a guerra dos preços baixos :)
Isto dito por qualquer básico até entendo, o que não compreendo é que quem faz este levantamento deve ter a minima noção do que são custos, como tal devem diferenciar custos fixos e os custos variáveis.
ResponderEliminarNão adianta gastar saliva a explicar que para além do custo que apresentam e já mencionados por alguns amigos, o marketing, licenciamento,trabalho,etc
Estas noticias não trazem nada de novo.
Seja lá como for é um preço obsceno esse do iphone 6 e 6 Plus.
EliminarHá custos que mencionam como os de inovação e desenvolvimento que se vão diluindo entre saídas de modelos, especialmente quando passa a ser uma inovação de produto sem grandes novidades acrescidas. O custo vai sendo cada vez mais reduzido entre modelos. Depois é possivel que com a quantidade de compra de componentes que a apple realiza que esse preço mencionado ainda seja superior ao real. É um preço obsceno e ponto final
Independentemente do preço ser absurdo ou não (aqui depende da carteira e cabeça de cada um), a Apple só à Samsung, Nokia e Motorola paga um quantidade absurda de dinheiro para cobrir as patentes dessas empresas.
ResponderEliminarNão se esqueçam também do marketing, boxing, desenvolvimento de hardware/software, design, shipping, margens dos retailers, etc.
Vai-se a ver e essa "margem" de 70% facilmente vem para bem menos de metade. Mesmo provavelmente a margem sendo grande, uma empresa como a Apple não se pode dar ao luxo de ter um modelo que não seja um sucesso ou não cumpra objectivos. Basta ver que metade do income da Apple provém do iPhone e outros cerca de 20% do iPad, logo...
Conclusão? Vendem caro porque vendem menos. Vendem caro porque as pessoas querem exclusividade. E vendem caro porque a juntar a isso tudo, quer se queira admitir ou não, o seu produto é bom.
Vocês estão a complicar o que não é preciso complicar.
ResponderEliminarTá aí um produto que custa X a construir e é vendido por Y. A diferença entre Y e X é o lucro desse produto. É só isso que estão a dizer. Agora a apple tem que pegar nesse dinheiro e pagar outras despesas como desenvolvimento, marketing, etc. Isso é óbvio.
Quando aparece o relatório de contas a dizer que a apple teve lucros de "billions of dollars" aí sim é que se percebe que o iphone podia ser mais barato. Se calhar até se mantinham os lucros porque vendiam mais unidades? Quem sabe.