Como eram feitas as centrais telefónicas nos anos 70

O telefone veio revolucionar o mundo, mas poucos pensarão na infraestrutura que tornou possível por as pessoas em contacto umas com as outras, e que para muitas pessoas ainda serve como base da sua ligação à internet. Hoje trago-vos um documentário que mostra a escala imensa que as centrais telefónicas atingiam, já nos idos anos 70.

Hoje em dia será quase inimaginável pensar que, em tempos, as ligações telefónicas eram geridas e ligadas manualmente por telefonistas. Mas na década de 70 já a electrónica começava a permitir grandes avanços, e que os operadores de telecomunicações não deixavam de aproveitar. No caso da AT&T isso traduzia-se no fabrico dos seu imensos ESS (Electronic Switch System), resultado de 20 anos de investigação e desenvolvimento, com um custo estimado em mais de 2 mil milhões de dólares nos dias de hoje.

Sim, já na altura os orçamentos derrapavam bem para além do que estava previsto (neste caso, para dez vezes mais!) mas quando virem coo estas máquinas eram feitas rapidamente perceberão porque tal terá a acontecido. Estas máquinas permitiam gerir de forma completamente automática 5 milhões de clientes, tratando das ligações da área e da sua interligação com a rede de "longa distância" (lembram-se dos tempos das chamadas locais, regionais, e de longa-distância? :)

O documentário chama-se "The Hello Machine" por esse ser um dos nomes dados aos telefones - sendo que foi precisamente graças ao telefone que o "hello" se popularizou na língua inglesa como forma de saudação - e ainda bem que neste caso foi a forma de Thomas Edison que venceu, porque se tivesse sido a do seu inventor, Alexander Graham Bell, os ingleses estariam a atender o telefone e dizendo "Ahoy!".