Normalmente associamos os carros sem condutor a pachorrentos veículos que percorrem timidamente a estrada cumprindo todas as regas de trânsito. Com este RS 7 a Audi mostra-nos que estas máquinas também sabem carregar no acelerador quando é preciso.
Não é a primeira vez que temos um automóvel sem condutor a percorrer um circuito em modo de corrida, mas este Audi RS7 tem a particularidade de ser o mais rápido, tendo atingido os 240KM/h no Hockenheimring... sem piloto.
Se um automóvel autónomo já necessita de um grande conjunto de sensores, para poder circular em modo de corrida esses requisitos aumentam ainda mais. Um tempo de reacção de 0.1s a 40Km/h poderá ser suficiente para impedir um acidente (equivale a 1.1 metros percorridos), mas a 240Km/h esse mesmo tempo corresponde a 6.6 metros - o suficiente para já estar fora da faixa de rodagem. Por isso este Audi vigia continuamente os dados do GPS (diferencial, com resolução de poucos centímetros), de diversas câmaras, e outros sensores que também incluem acelerómetros e giroscópios para saber continuamente o comportamento do carro "no limite".
Tal como nos anteriores casos de veículos autónomos de corrida, também aqui se pode dizer que se recorre a um pouco de "batota". O mapa inicial é gravado de uma condução feita por um piloto a conduzir, e depois o carro limita-se a tentar replicar o mesmo - embora calcule automaticamente a melhor trajectória em função de todas as variáveis a cada momento.
Quanto ao futuro dos carros autónomos, previsivelmente a Audi tem uma visão diferente da da Google. Apostando em automóveis que continuem a cativar o desejo dos clientes, em vez de fomentar um futuro com veículos partilháveis que possam ser partilhados por todos. Imagino que, a seu tempo, irá ser obrigada a mudar de ideias... a única questão é que isso será algo que ainda estará certamente a muitas décadas de distância.
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