2015/02/14

Quando uma "casa inteligente" começa a crashar


O sonho de ter uma "casa inteligente" é algo que há muitas décadas vai atraindo interessados, e que actualmente é mais acessível e simples de implemtnar que nunca. Infelizmente, há também outro lado menos abordado desta questão, e que pode transformar uma casa de sonho num autêntico pesadelo... como recentemente me aconteceu, e poderia acontecer a qualquer um de vocês.

Uma das primeiras coisas que qualquer pessoa que entre nesta área deseja fazer, é poder controlar remotamente as suas lâmpadas. Neste aspecto, a grande vantagem - para mim - não é poderem criar as cenas configuradas e que podem usar para impressionar os amigos (mas raramente darem uso na vossa rotina diária), mas sim o facto de poderem agendar as mesmas para que não tenham que se preocupar em tocar em nada.

Isso poderá significar ligar as luzes da cozinha à hora em que habitualmente começam a preparar o jantar (se já estiver escuro); as luzes da sala quando vão comer; baixar a luminosidade quando já estiver na hora de verem um filme; e garantir que tudo fica apagado quando se vão deitar. Num dia "ideal", isso faz com que não tenham que tocar num único botão; mas já sabemos que as coisas raramente são as ideais, e por vezes é necessário dar uns toques manualmente, para ligar as luzes mais cedo, ou ajustar a luminosidade, etc.



E foi num destes dias em que tive necessidade de dar um toque manualmente que fiquei perante uma situação estranha: ao abrir a app das Philips Hue para controlar as lâmpadas... a app abria e crashava imediatamente de volta para o homescreen. Reiniciei o smartphone (já sabemos que é sempre a primeira coisa a fazer)... mas o problema persistia - e enquanto isso ia pensando na situação caricata que seria termos avançado até um ponto tecnologicamente "tão avançado"... em que até acender e apagar as luzes se tornou em algo tão complexo que poderia estar dependente de "crashes" de apps, e deixar-nos sem controlo de algo tão básico!

(Importa dizer que neste caso nunca esteve em causa poder apagar ou acender as lâmpadas, que poderia continuar a ser feito manualmente nos interruptores de parede - mas por essa via apenas as podemos usar como lâmpadas convencionais: desligadas, ou ligadas no máximo da intensidade. Mas quem instalar "à confiança" lâmpadas deste tipo numa instalação sem interruptores... poderia ficar sujeito a nem sequer poder fazê-lo.)

Um salto ao Google revelou que o problema era generalizado, e que a Philips já estava ao corrente e a tratar de uma correcção (que só ficou disponível quase dois dias depois - e felizmente, tinha várias outras apps e formas alternativas (como o IFTTT) que me permitiam continuar a controlar as Philips Hue sem recorrer à app oficial.

... Mas fica aqui o registo de que o sonho de ter uma casa inteligente, poderá vir acompanhado de uma dose indesejada de bugs, incompatibilidades, crashes, e outros factores indesejados que por vezes poderão causar enorme frustração e deixar-nos a desejar "os bons velhos tempos" das casas "burras". :)

1 comentário:

  1. Carlos, tenho o Pilight+pimatic com alguns equipamentos (de diferentes marcas), fica tudo integrado (tipo aquela app tuga) e o Raspberry aguenta-se à bronca sem crashes desde à 3 ou 4 meses.
    Tenho visto N soluções mas esta além de ser a mais simples integra com dezenas de equipamentos só que é pouco publicitada.
    http://www.pilight.org/
    http://www.pimatic.org/

    ResponderEliminar