Há muito que se previam momentos complicados para o mercado dos PCs, com a emergência dos smartphones e dos tablets, e as últimas previsões da IDC para as vendas em 2015 apenas vem confirmar os piores receios, com uma redução no número de PCs vendidos.
A IDC actualizou as suas previsões para 2015, reduzido ainda mais o número de PCs vendidos para 293.1 milhões de unidades. Um número que poderá parecer "saudável" mas que acentua ainda mais a tendência de queda nas vendas, e que poderá ser posto em perspectiva com o número de iPhones vendidos pela Apple num único trimestre: de 74 milhões! Se a Apple vendesse a este ritmo durante todo o ano, venderia mais que todos os PCs juntos.
E isto sem sequer ter em consideração a questão dos lucros, pois a indústria dos PCs tem estado a perder dinheiro, enquanto que a Apple continua com os seus lucros recorde crescentes, ano após ano. Segundo a IDC, em 2019 as receitas do sector baixarão para 175 mil milhões - valor inferior às receitas da Apple em 2014 (183 mil milhões).
Ainda assim, a queda na venda dos PCs este ano é amenizada pelo crescimento nos mercados emergentes, assim como a potencial motivação para a toca de PC com a chegada do Windows 10. Mas de qualquer forma fica mais que demonstrada a importância crítica do segmento mobile, que aos poucos vai mostrando a cada vez mais pessoas que, se calhar, não precisam de um PC para fazerem a grande maioria das coisas que antigamente faziam neles.
Atenção que isto leva um pouco ao engano. O maior responsável pela queda de vendas são os portáteis que em muitos casos se tornam redundantes com smartphones e tablets. No entanto o mercado desktop aumentou consideravelmente (basta ver o aumento de venda de gráficas discretas por exemplo).
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