2015/04/04

iPad faz 5 anos e recorda os seus críticos


Hoje em dia o iPad é um nome tão comum que dispensa apresentações e que todos assumem como algo implícito... Mas há cinco anos atrás, por altura do seu lançamento, eram ainda muitos os que duvidavam de que este "iPhone gigante" viesse a ter futuro.

Depois do sucesso do iPhone, depressa se descobriu que Steve Jobs estava interessado em lançar algo que acreditava que viria a ser ainda mais importante e que considerava ser o seu verdadeiro legado para as gerações futuras. A ideia era poder dispensar os computadores e fazer tudo o que normalmente se fazia num fino ecrã: um tablet; mas um que concretizasse o sonho há muito imaginado por todos.

O desejo de fazer com que os tablets mudassem a nossa sociedade não começou com Steve Jobs. Uma década antes Bill Gates tentou concretizar uma visão idêntica, mas que se revelou limitada pelas capacidades tecnológicas da época. Os tablets eram pesados, volumosos, tinham pouca autonomia, e eram demasiado caros para que fossem usados fora de algumas áreas profissionais.

Com o iPad, Steve Jobs voltou a fazer aquilo que tão bem sabia fazer: de lançar o produto certo no momento certo, embora nem todos concordassem com isso. Recue-se cinco anos, e não faltavam pessoas que criticam o nome iPad por ser "ridículo"; que o crucificavam por não correr Flash; que as pessoas não iriam aceitar escrever num teclado virtual; e até de que o seu tamanho não era o ideal, sendo demasiado grande para ser "portátil", e demasiado pequeno para que desse para trabalhar a sério. (Recuando no tempo e revisitando a análise ao iPad original, as minhas críticas foram a ausência da câmara e o ecossistema fechado da Apple.)

[o Aberto até de Madrugada em Abril de 2010. :]

Bem, nalgumas coisas o tempo veio fazer com que a Apple reconsiderasse algumas opções (o tamanho "perfeito" de iPhones e iPads já deu origem a variantes diversificadas - e fala-se que um iPad "maxi" de 12" está para breve, aumentando ainda mais esse número); mas noutras não há como escapar ao facto de que eram críticas que passaram completamente "ao lado". O iPad foi, e continua a ser um sucesso - em grande parte devido ao seu preço, que deixou os concorrentes sem resposta (tivemos que esperar anos até que começassem a surgir tablets Android competitivos.)


Mesmo assim, ter um tablet não é para todos - e posso usar o meu próprio caso como exemplo. Continuo a preferir usar o smartphone mesmo quando estou em casa, que fica no bolso e "sempre à mão"; e não sinto a falta de usar o tablet (que vai sendo de uso exclusivo pelo meu pequenito, e que muito agradece a área de ecrã maior para ver vídeos no YouTube e fotografias.) Mas, também não me faltam amigos para quem o tablet já se tornou numa peça indispensável do seu dia a dia, quer seja em casa ou até no trabalho; e certamente que muitos milhões de pessoas estarão em circunstâncias idênticas (a Apple já vendeu mais de 250 milhões e iPads desde o seu lançamento.)

Seja como for, não há como não ficar impressionado pelo ponto a que chegamos, e em que podemos ter tablets como o iPad Air 2 (e outros) com espessuras super-reduzidas, autonomias de fazer esquecer o carregador, e que para muitas pessoas são suficientes para que fiquem ligadas ao mundo sem depender de um "complicado" PC onde nem sabiam mexer.


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