2015/07/12

Automóveis eléctricos podem dispensar o pedal de travão


Com os automóveis com caixa automática já nos livramos do pedal da embraiagem, mas a maior revolução que poderá estar a chegar com os carros eléctricos será o facto de também o pedal de travão poder estar condenado a desaparecer.

Todos os condutores estarão familiarizados com o conceito de "travar com o motor", técnica frequentemente recomendada em estradas de montanha, para evitar o uso exagerado dos travões. Nos automóveis eléctricos, o seu motor não só pode funcionar como gerador ao ser usado durante a travagem, como também pode actuar como um travão magnético tão, ou mais, eficiente que os travões de disco.

Daí que há quem comece a propor a ideia de se poder usar um único pedal para controlar o movimento do carro: servindo tanto para a aceleração, como para a travagem (e alguns carros já o implementam, como o BMW i3.)

A ideia é simples, o pedal de acelerador não só controla a aceleração, como também serve de travão ao se levantar o pé.

Não se precisam assustar, pois o pedal de travão continua a estar presente (e é provável que assim permaneça durante bastante tempo), mas com este sistema é possível conduzir a maior parte do tempo apenas com o pé no pedal do acelerador.


Pessoalmente, há muito que já tinha pensado num sistema assim, e a única dúvida que me deixa um pouco apreensivo é o facto de, ao desejarmos travar a fundo, poderá ser um pouco contra-intuitivo a noção de "tirar o pé do pedal". Mas se calhar é algo que também se poderá tornar normal com um pouco de habituação e aprendizagem... pois também não me parece que o pisar o pedal de travão a fundo seja algo inato! :)

9 comentários:

  1. Então para travar a fundo tenho de tirar rapidamente o pé do acelerador, e se eu estiver muito bem numa autoestrada e me der uma comichão no pé tiro o pé para cosar e... uma linda travagem a fundo ;)

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    1. Quem nunca conduziu um carro de mucanças automaticas e vai conduzir pela 1a vez muito provavelmente vai fazer umas travagens a fundo sem querer, pois sem embraiagem é suposto usar-se apenas o pé da direita, mas o pé da embraiagem ao inicio tem uma tendencia muito grande se ir ao pedar quando vamos abrandar o que faz com que se carregue com o equerdo a fundo no pedal do travão :)

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    2. Isso não é verdade, pois para travar com o pé esquerdo num carro automático a perna esquerda tem de ir muito para o centro, o que não é nada confortável.

      Além disso é contra-intuitivo, pois ao reagir rapidamente usamos sempre o pé direito para travar, que é o pé que também se usa em carros com mudanças. A única tentação para o pé esquerdo é mover-se no vazio enquanto o pé direito trava, pois é o movimento que fazemos quando reduzimos a mudança num carro manual.

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    3. Os carros com mudanças automáticas que já conduzi tinham todos o pedalndo travão mais largo, sendo perfeitamente possível usá-lo com qualquer um dos pés. E sim, as primeiras experiências resultaram em travagens bruscas :)

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    4. De facto, não só me aconteceu isto, como costuma ser uma conversa recorrente de pessoas que experimentaram conduzir carros de mudanças automáticas. É verdade que pedais estão um pouco longe da area do pé esquerdo, mas... em alguns momento há automatismos que falam mais alto. Chegar a um cruzamento, em que precisas de desacelerar... mentamente sabes que vais precisar de reduzir a mudança e a magia acontece! :P

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  2. O Nissan LEAF tem 2 modos de condução (modo Drive e modo Eco) que apenas mudam alguma sensibilidade aos pedais de travão e acelerador, pois o modo normal com um ligeiro toque no acelerador mete uma potencia jeitosa no motor, e o modo Eco já obriga a carregar mais no pedal para atingir a mesma potencia, e quando se tira o pé do travão o modo normal apenas trava uns 10 ou 25kW com o motor (travagem regenerativa) mas no nodo Eco já pode ir aos 30kW apenas levantando o pé do acelerador (que já devia acender a luz de travão, pois o carro abranda realmente como se tivessemos engrenado uma mudança a baixo e acho que o BMW i3 acende mesmo a luz de travão) mas em termos de travagem também existe alguma diferença pois no modo normal passa da travagem regenerativa a 10 ou 15kW para usar os travões mecanicos, enquanto no modo Eco quando se pesa o travão ainda vai usar apenas o motor para travar até aos 30kW e só depois é que usa os travões mecanicos (desperdiçando menos energia) e assim normalmente consegue-se fazer uma condução praticamente sem gastar travões, pois só quando já só se vai a 10km/h é que ele vai usar os travões mecanicos (depois de ter abrandado com o motor).

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    1. Queria dizer no modo normal a travagem ao retirar o pé do acelerador vai aos 10 ou 15kW.
      Mas resumindo, com este sistema consegue-se fazer uma condução de um pedal que rápidamente nos habutuamos, pois ao iniocio é como conduzir um carro automatico, mas ao fim de 1 ou 2 dias já entrou o espirito de usar menos o travão e levantar o pé do acelerador com mais antecedencia para poupar enegia, pois se conseguirmos passar dos 80km/h para os 10km/h sem usar os travões mecanicos (é fácil num sistema de travagem regenerativa) gasta-se menos travões e desperdiça-se menos energia.

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  3. Mas agora vamos todos passar a ser pilotos de carros, usando o pé esquerdo para travar? A aprendizagem que obtemos tem a sua lógica, retirar o pé do acelerador para travar e querem mais uma explicação? Quando em caso de embate iminente ou apenas travagem brusca qual é a reacção intuitiva que temos? É contrair todos os músculos ou seja fazer força em todos os membros apoiando no volante e nos pedais, pé direito no travão pé esquerdo na embraiagem, se tirarem a embraiagem o pé esquerdo fica no apoio para o mesmo mas o direito passa na mesma para o travão, agora imaginem se usarem o pé esquerdo para travar aonde o pé direito se vai apoiar? Não faz qualquer lógica para uso normal, os carros com sistema de carregamento de baterias nas travagens e outros são muitos bonitos mas apenas para gente endinheirada e que provavelmente dão pouco uso aos mesmo. A meu ver estas pequeníssimas alterações nos veículos já poderiam existir há muito em muitos mais veículos se a industria assim o quisesse mas a grande mudança no ramo ainda está para vir e aos pingos como se costuma dizer.
    Um exemplo que considero do mais ridículo por partes das marcas, o facto de ainda saírem para o mercado carros sem abs às 4 rodas ou sem braços de suspensão atrás apenas para vender carros abaixo de preços psicológicos, outro caso são as suspensões que para além de serem fracas em muitos casos, em veículos já de gama alta ou mesmo de luxo nem serem activas electronicamente, preferem ter travões de mão electrónicos e sistema de auxilio para ponto de embraiagem e também luzes xenon que foi a pior coisa quem inventaram.
    Boas escolhas quando pensarem em comprar um veículo.

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